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REVISTA DA ARMADA | 521
HOMENAGEM À Foto cedida por Rádio Elvas
MARINHA EM ELVAS
m monumento à Marinha foi inaugurado, em Elvas, no passado
Udia 27 de maio, na rotunda que faz a ligação entre a urbaniza-
ção do Revoltilho e o bairro de Santo Onofre, com a presença do
Presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, e o CALM riu ser “uma honra passarmos a ter este Monumento que evoca um
Valente dos Santos, Diretor da Revista da Armada, em representação dos três ramos das nossas Forças Armadas”, e “numa das vias mais
do Chefe do Estado-Maior da Armada. movimentadas da cidade, numa zona moderna e em expansão”.
Foi descerrada a placa que marca a homenagem de Elvas à Mari- O autarca sublinhou ainda que, atualmente, e “mais de 40 anos
nha, sendo o monumento composto pela popa de um navio, com depois do fim da Guerra em África, continuamos a ter entre nós encon-
um hélice bem visível, rodeada pelos cinco continentes, tendo no tros e convívios de ex-combatentes, em especial com antigos militares
chão vários declives que representam a ondulação do mar. que serviram a Marinha Portuguesa. São memórias que perduram, são
No seu discurso, o CALM Valente dos Santos referiu que a inaugura- amizades que se mantêm, são histórias que se revivem, são afinal laços
ção, nascida da iniciativa da delegação da Associação de Fuzileiros de de camaradagem que resistem à passagem das décadas e que podem
Juromenha-Elvas e prontamente apadrinhada pela Câmara Municipal também ser simbolizados com este Monumento à Marinha”.
de Elvas, ganhava uma especial e acrescida relevância em virtude de No final, a Banda da Armada interpretou alguns temas para os pre-
estar a ocorrer precisamente no mês de celebração do Dia da Marinha sentes, sendo de salientar que, no dia anterior, no Teatro Municipal,
e no ano em que a nossa Briosa instituição assinala os 700 anos da já tinha presenteado os Elvenses com um concerto de homenagem.
assinatura do contrato entre D. Dinis e o genovês Manuel Pessanha, A iniciativa foi concluída com um almoço-convívio, em que, para
documento que pode ser considerado como fundador da Marinha além da Marinha, Câmara Municipal e outros representantes autár-
Portuguesa, enquanto entidade dotada de organização naval. quicos, estiveram presentes a Associação de Fuzileiros e vários dos
Nesta cerimónia, que contou ainda com a presença do COM Alves seus núcleos, com especial relevância para o de Juromenha-Elvas.
Domingos e do COM Nobre de Sousa, o presidente da autarquia refe-
NRP ZAIRE
MISSÃO NA ZONA MARÍTIMA DA MADEIRA
NRP Zaire, navio de patrulha costeira, atribuído ao dispositivo
O naval padrão da Marinha, cumpriu mais uma missão na Região
Autónoma da Madeira, no período de 3 de abril a 21 de julho.
Ao longo do referido período, com vista a assegurar uma pronta res-
posta a eventuais situações de busca e salvamento marítimo e contri-
buir para a fiscalização marítima nos espaços marítimos sob jurisdição
nacional, o navio efetuou diversas operações, algumas das quais em
colaboração com o Comando Local da Polícia Marítima do Funchal,
tendo realizado mais de 50 ações de fiscalização a embarcações regis-
tadas nas atividades da pesca, de recreio e marítimo-turística, tendo
resultado em 12 embarcações em situação de presumível infração
relacionadas com irregularidades principalmente nas artes de pesca e
nos meios de salvamento. Durante o período em que o navio perma-
neceu na Região Autónoma da Madeira, foi dada especial atenção às
áreas protegidas como a Reserva Natural das Ilhas Desertas, Reserva Marítima do Funchal e dos militarizados em funções na extensão da
Natural das Ilhas Selvagens, Reserva Parcial do Garajau, Reserva Natu- Repartição Marítima do Funchal.
ral do Sítio da Rocha do Navio e Baixa do Noroeste em Porto Santo. Simultaneamente, foram ainda cumpridas várias tarefas e empenha-
Paralelamente e no âmbito do acordo de pesca Portugal-Espanha, mentos com participação ativa do navio, nomeadamente os apoios
foram fiscalizadas diversas embarcações de nacionalidade espanhola logísticos às ilhas Desertas, os embarques de alunos de várias escolas da
nas áreas marinhas protegidas das Ilhas Selvagens. ilha da Madeira, o transporte de 35 militares do Regimento de Guarni-
No decorrer da missão o navio foi intensamente empenhado na ção nº 3 do Funchal para Porto Santo, assim como os exercícios em cola-
3ª fase do projeto das ilhas Selvagens, que consistiu na edificação boração com os meios da Força Aérea Portuguesa alocados em Porto
e requalificação das infraestruturas existentes nas ilhas Selvagem Santo, no sentido de treinar e certificar as equipas nas tarefas de busca
Grande e Selvagem Pequena, melhorando as condições para o exer- e salvamento no mar, particularmente no âmbito da evacuação médica.
cício da autoridade do Estado naquela área do território nacional. Nesta missão o navio percorreu mais de 8000 milhas náuticas, tendo
Durante os apoios logísticos efetuados, o navio efetuou 14 idas às navegado mais de 800 horas e cumprido mais de 2500 horas de mis-
ilhas selvagens, transportando mais de 70 toneladas de material e são, sempre pronto.
de 150 pessoas, nomeadamente militares da Marinha, vigilantes Em 46 anos a servir a Marinha e Portugal no mar, o NRP Zaire conti-
e biólogos do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, nua a cumprir a sua missão.
agentes da Polícia Marítima do Posto do Comando-local da Polícia
8 AGOSTO 2017