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REVISTA DA ARMADA | 564

















































          EXERCÍCIO CONTEX-PHIBEX 2021




         De dois em dois anos realiza-se um Exercício CONTEX-PHIBEX, uma importante oportunidade para o incremento dos padrões de
         prontidão operacionais da Esquadra e da Força Naval Portuguesa (FNP).  O exercício deste ano – o CTPH21 – decorreu entre os
         dias 3 e 14 de maio, ao largo da costa ocidental portuguesa – entre Lisboa e o Cabo de São Vicente – e nele participaram onze
         meios navais, fuzileiros e mergulhadores portugueses e aliados, para além de aeronaves envolvidas no exercício NATO TIGER MEET
         2021 (NMT21), organizado pela Força Área Portuguesa (FAP). No total, estiveram envolvidos no CTPH21 aproximadamente 1500
         militares.

         MEIOS E ESTRUTURA DO EXERCÍCIO                        Conforme quadro anexo, a Marinha Italiana participou com uma
                                                              fragata da classe Carlo Bergamini, a Marinha Norte-Americana
                      azendo parte do ciclo de aprontamento de for-  com um navio anfíbio, e a Marinha Espanhola com uma fragata
                    Fças, o CTPH21 abrange todo o espectro de ope-  da classe Álvaro de Bazan e com um reabastecedor. Adicional-
                    rações  navais  –  antissubmarinas,  antissuperfície,   mente, a Marinha Norte-Americana participou com uma aerona-
                    antiaéreas e anfíbias. No exercício foram exercita-  ve de patrulha marítima  e uma aeronave multifunção, ambos a
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                    dos  um  amplo  conjunto  de  disciplinas  da  guerra   operar a partir da base aérea de Móron, no sul de Espanha.
         naval, com especial realce para a vigilância e interdição de espa-  O USS Carter Hall desembarcou meios e uma unidade de assalto
         ços marítimos e desembarques anfíbios e, ainda, o emprego de   anfíbio, da 24th Marine Expeditionary Unit. A Força de Desem-
         forças de operações especiais.                       barque foi comandada pelo 1TEN FZ Gomes Goulart.
           Sob o comando do VALM Silvestre Correia, Comandante Naval,
         o principal objetivo foi testar e aperfeiçoar as capacidades da FNP   A componente de Operações Especiais foi constituída por um
         e do seu Estado-Maior embarcado, na condução de operações   Special Operations Maritime Task Group (SOMTG), escalão máxi-
         navais, bem como a sua integração com outros comandos par-  mo de força gerado pelo Destacamento de Ações Especiais (DAE).
         ticipantes no exercício - a força de operações especiais e o sub-  A SOMTG conduziu operações complexas na costa e em terra,
         marino – num cenário fictício, o qual teve em conta o ambiente   realizando todo o espectro de tarefas de operações especiais, no-
         internacional e as atuais ameaças difusas do mundo real. A FNP   meadamente reconhecimento especial e ações diretas, incluindo
         é comandada pelo CMG Gamurça Serrano, embarcado com o seu   o resgate de reféns e a captura ou neutralização de células de
         Estado-Maior no navio-chefe, o NRP Álvares Cabral.   terroristas, no contexto do cenário do exercício.


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