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REVISTA DA ARMADA | 564
No decurso de todo o exercício pôde contar-se com numerosos sicas do combate antiaéreo, antissuperfície, e antissubmarino,
meios aéreos – para além do único meio orgânico, o helicóptero sob fortes medidas de empastelamento eletrónico providenciado
SH-90 do ITS Antonio Marceglia. Baseados em terra, participaram pelo modulo de guerra eletrónico da NATO, genericamente desig-
diversas aeronaves, nomeadamente o P3-C e os F-16 da FAP, bem nado por TRACSVAN, embarcado no NRP Sines.
como outras aeronaves que integravam o exercício NMT21, que O programa seriado, previamente definido, do SOE, permitiu um
decorreu em simultâneo e na mesma área de operações. treino dos meios envolvidos com maior complexidade e duração.
No que diz respeito ao planeamento, o exercício teve início ainda
em terra, de forma a preparar as ações no mar. Nesse período, a CENÁRIO E OPERAÇÕES
FNP executou um vasto conjunto de exercícios, com apoio dos di-
versos simuladores e das equipas de avaliação do Centro Integrado Como cenário para CTPH21, foi criado um quadro fictício, no
de Treino e Avaliação Naval (CITAN). A largada da força naval foi qual ocorrera uma grande interferência política da potência re-
antecedida por um dia de reuniões setoriais com vista à harmoni- gional (designada por Springland) num país rico em recursos
zação de procedimentos e sedimentação das regras de segurança, naturais (designado por Summerland), mas com enorme instabi-
bem como pela Pre-Sail Conference. Já no mar, a estrutura do exer- lidade política resultante das últimas eleições. Destes fatos resul-
cício teve duas fases distintas: uma primeira parte designada por tou uma escalada de violência com graves consequências para as
Combat Enhancement Training (CET) /Force Integration Training populações e estabilidade da região. Devido à rutura total entre
(FIT) e uma segunda parte designada por Schedule Of Events (SOE). as partes envolvidas, o governo de Summerland solicitou apoio às
O CET/FIT consistiu num programa seriado intenso e exigente, Nações Unidas. O Conselho de Segurança aprovou então várias
que se prolongou até ao final do dia 08. Essa fase compreendeu Resoluções (UNSCR ) tendentes ao apaziguamento do conflito;
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um treino alargado em várias áreas das operações navais, de for- uma delas mandatou uma Força Naval Multinacional (MNTF ),
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ma a assegurar a necessária interoperabilidade e integração das comandada por Portugal, com o propósito de garantir o cumpri-
unidades navais numa força naval, proporcionando assim uma mento das restantes resoluções.
adequada prontidão para um vasto espectro de tarefas que se A FNM cumpriu na íntegra a missão de assegurar uma zona
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viriam a realizar na fase posterior do exercício. Foi assim dado de exclusão, garantindo o controlo do mar nessa região, bem
particular ênfase ao adestramento das guarnições nas áreas clás- como o controlo e neutralização de ameaças em terra, em prol
PAÍSES PORTUGAL ESPANHA ESTADOS UNIDOS ITÁLIA
NRP Álvares Cabral
NRP Figueira da Foz
NRP Sines SPS Almirante Juan
MEIOS NAVAIS NRP Tridente de Borbón USS Carter Hall ITS Antonio Marceglia
NRP Almirante Gago Coutinho SPS Patino
NRP Cassiopeia
NRP Pégaso
Destacamentos de
Mergulhadores MPA P8-A
OUTROS MEIOS - -
Destacamento de Operações Especiais MV22 Osprey
Força de Fuzileiros
JULHO 2021 11