Page 12 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 564

          do cumprimento do embargo
          imposto  pela  UNSCR a todo
          o  material  militar  destinado
          às  forças  terroristas  no  país
          Summerland.
           À Força de Desembarque
          (LF )  combinada,  constituí-
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          da por uma Companhia  de
          Fuzileiros  Portugueses e um
          Pelotão reforçado (PLT+)  de
          Marines Norte-Americanos,
          perfazendo  aproximadamen-
          te 90 operacionais,  foi  atri-                                                                        Foto CAB AD Pinto Oliveira
          buída  a responsabilidade  de
          implementar a zona  de ex-
          clusão em terra, garantindo a
          segurança das instalações do
          Ponto de Apoio Naval de Troia (PANTROIA), assim como a neutra-  ALM Silva Ribeiro; do CEMA, ALM Mendes Calado; do Comandante
          lização da ameaça representada pelo grupo terrorista Troyland   Naval, VALM Silvestre Correia; e de outras altas entidades civis
          Liberation Front (TLF). A LF foi projetada a partir do Grupo de   e militares. O DVDAY iniciou-se com um conjunto de briefings a
          Transporte (Transport  Group)  da  Força  Anfíbia,  com  recurso  a   bordo do navio-chefe da FNP; seguiu-se uma demonstração das
          lanchas de desembarque e botes de assalto. O NRP Tridente, em   capacidades  operacionais  da  Marinha  quando  integrada  numa
          apoio associado à MNTF, desempenhou um papel determinante,   força multinacional.
          tanto numa primeira fase de preparação da zona de desembar-  As altas entidades puderam assistir a um conjunto de ações exe-
          que com a inserção de forças especiais, como numa segunda fase   cutadas essencialmente por fuzileiros e mergulhadores, com es-
          assegurando o controlo do mar na área de operações anfíbias.  pecial relevo para a demonstração de um assalto anfíbio na praia
           Das várias atividades desenvolvidas durante o exercício, desta-  situada a norte de PANTROIA; a força de desembarque combina-
          que para:                                           da, constituída por meios e militares portugueses e norte-ame-
           – O treino de procedimentos de empenhamento de armas, no-  ricanos, foi projetada a partir do navio USS Carter Hall, que se
          meadamente um exercício de tiro de peças de artilharia contra   encontrava ao largo da península de Troia.
          alvo de superfície rebocado e um conjunto de exercícios de tiro   É ainda de assinalar a cooperação da lancha de desembarque
          de armas de pequeno calibre, com vista a testar a prontidão da   do USS Carter Hall, complementada por um conjunto de militares
          força contra uma ameaça assimétrica de superfície; e  e veículos, que acrescentaram uma maior robustez e magnitude
           – Uma série de busca e salvamento de submarino sinistrado, no   ao DVDAY.
          qual foram empenhados um vasto número de meios, materiais e   O DVDAY terminou com a visita a um dispositivo estático opera-
          humanos.                                            cional, constituído por alguns meios que desembarcaram duran-
                                                              te o assalto anfíbio, complementado por elementos alusivos aos
                                                              quatrocentos anos da criação dos Fuzileiros Portugueses.
                                                              CONCLUSÕES


                                                               O CTPH21 revelou-se uma excelente oportunidade  de treino
                                                              para todos  os meios e militares envolvidos,  contribuindo  para
                                                              o necessário aprontamento das diferentes capacidades da FNP.
                                                              Também a Marinha, com o importante apoio da FAP e das ma-
                                                              rinhas aliadas, pôde incrementar os padrões de prontidão ope-
                                                              racionais da FNP, que lhe possibilita o emprego numa alargada
                                                              diversidade de operações navais conjuntas e/ou combinadas de
                                                              carácter expedicionário.
         Foto CAB AD Pinto Oliveira                           do Estado-Maior da FNP para a condução de operações navais,
                                                               O exercício permitiu ainda o desenvolvimento das competências
                                                              nas áreas antissubmarinas, antissuperfície, antiaéreas e anfíbias.




          DISTINGUISHED                                                                     Colaboração da PRTMARFOR
          VISITORS DAY
          (DVDAY)                                               Notas
                                                                1  MPA – Maritime Patrol Aircraft
                                                                2   UNSCR – United Nations Security Council Resolution.
           No DVDAY do CTPH21, que decorreu nas instalações do PAN-  3
          TROIA a 10 de maio, foi possível contar com a presença: do Minis-  4   MNTF – Multinational Task Force.
          tro da Defesa Nacional, Prof. Dr. João Gomes Cravinho; do Minis-  5   FNM – Força Naval Multinacional, i.e., a FNP mais os meios navais dos países aliados.
          tro da Defesa de Moçambique, Dr. Jaime Bessa Neto; do CEMGFA,   LF – Landing Force.


          12  JULHO 2021
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