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REVISTA DA ARMADA | 569
                            ATLANTIC POLEX.PT 2021



                            EXERCÍCIO DE COMBATE À POLUIÇÃO



         A designação “ATLANTIC POLEX.PT” surgiu há 5 anos, de uma conjugação de três palavras que resumem a essência do dispositivo
         nacional de combate à poluição do mar, operacionalizado pela Direção-geral da Autoridade Marítima (DGAM): Atlântico, que é o
         oceano que banha Portugal; Poluição, que foi o que motivou a existência deste dispositivo; e Exercício, que é a forma utilizada para
         operacionalizar a ação em eventuais situações de emergência. Esta designação, bem como o seu logotipo foram pensados de forma
         a perdurar ao longo dos anos.


         EXERCÍCIO EM SINES                                    – Treinar a operação das ferramentas de apoio à decisão para o
                                                              suporte às operações de combate à poluição do mar;
             Autoridade Marítima Nacional (AMN), através da Direção de   –  Preparar  os  recursos  da  AMN  para  o  combate  à  poluição
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         A   Combate à Poluição do Mar (DCPM) , promove anualmente   do  meio  marinho  em  mar  aberto  (offshore), no porto e em
         um exercício de resposta à poluição do mar de maiores dimensões,   zonas costeiras, em cooperação com as demais organizações e
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         dando cumprimento ao estabelecido no Plano Mar Limpo  (PML)   autoridades do Sistema da Autoridade Marítima (SAM);
         e, ao mesmo tempo, procurando integrar e testar os mecanismos   –  Treinar  a  Brigada  de  Intervenção  Rápida  de  Combate  à
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         internacionais  nesta matéria, nos quais Portugal participa.  Poluição  do  Mar  (BIRPOL)  do  Departamento  Marítimo  do
           Este ano, o exercício “ATLANTIC POLEX.PT” realizou-se junto ao   Centro (DMC);
         porto de Sines. Durante os dias 27 e 28 de outubro, as autoridades   – Consolidar a integração dos meios de combate à poluição da
         e organismos com responsabilidade e competências no combate   AMN com a Marinha Portuguesa, Força Aérea Portuguesa (FAP)
         à  poluição  marítima  tiveram  a  oportunidade  de  testar,  validar   e outros meios nacionais e internacionais com competência no
         e aperfeiçoar os seus dispositivos de resposta para fazer face a   combate à poluição ;
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         incidentes de poluição no mar.                        – Desenvolver parcerias com as instituições locais e regionais,
           A  escolha  de  Sines  para  a  realização  do  exercício  deveu-se   universidades,  centros  de  investigação,  organizações  não-
         ao  facto  de  este  porto  ser  o  líder  nacional  na  quantidade  de   governamentais de proteção ambiental e as empresas de meios
         mercadorias movimentadas e a principal porta de abastecimento   de reboque marítimo; e
         nacional de gás natural, petróleo e seus derivados. Estes fatores
         fomentam o risco de acidentes  com derrames, daí o porto ter   – Promover a visibilidade pública da AMN no que se refere
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         sido identificado como sendo uma localização adequada para a   às capacidades existentes na DGAM, as quais se encontram ao
         realização de um exercício de combate à poluição do mar com   serviço do país para o eficaz combate à poluição do mar.
         elevada complexidade.                                 A  estrutura  de  gestão  da  emergência  obedeceu  ao  definido
           A edição deste ano, em que se simulou a colisão de um navio   no  PML.  O  Capitão  do  Porto  e  Comandante-local  da  Polícia
         tanque com um cargueiro em alto mar, originando um derrame   Marítima de Sines foi o Comandante das Operações de Socorro,
         de hidrocarboneto que contaminou zonas de praia e o interior do   tendo atuado sob a direção e coordenação do Chefe do DMC,
         porto de Sines, teve como principais objetivos:      recorrendo aos recursos da Capitania e tendo o apoio de meios
           – Treinar os procedimentos de resposta, em caso de emergência,   da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A. (APS),
         em situações de incidente ou acidente de nível regional (grau 2   dos Agentes de Proteção Civil, da Brigada de Intervenção Rápida
         do PML);                                             do DMC, da DCPM e da Marinha Portuguesa.

































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