Page 303 - Revista da Armada
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ACOPLAMENTO COM O VEÍCULO
ACOPLAMENTO COM O VEÍCULO
DE SALVAMENTO LR5
DE SALVAMENTO LR5
o fim de 33 anos de serviço, o Working Group” e que
submarino “Delfim” realizou um culminou com o exercício
Aacoplamento com o veiculo sub- realizado a 11 de Junho.
mersível de salvamento LR5, na área de Às 12 horas e 25 min,
operações de Raasay na Escócia. do dia 11 de Junho de
2001, ocorre um
momento histó-
rico na nossa
longa história de
Submersíveis e
Submarinos - a
abertura da esco-
tilha de salva-
mento em imer-
são, a uma pro-
fundidade de
146 metros, ten-
do o “Delfim”
ficado em con-
tacto directo com
Submersível de Salvamento LR5 a bordo do navio de apoio sueco o interior do
“Belos”. LR5. Após este
momento transi-
Em 1983, o Arsenal do Alfeite montou taram elementos entre os
e ajustou uma nova passagem de casco dois submarinos.
na zona da escotilha de embarque a ré Da superfície, a partir
dos submarinos da classe “ALBACORA”, do navio de apoio sueco
a fim de permitir realizar uma alteração “Belos”, chegava aquele a
importante que possibilitasse um hipo- quem chamámos – “A
tético salvamento - a montagem de uma nossa esperança” – veicu-
escotilha e base de assentamento viabi- lo submersível de salva-
lizando o acoplamento de um veículo de mento com 9.5 mts de comprimento que mais uma viagem no LR5 com elementos
salvamento submersível. Assim, passa- poderia resgatar até 15 indivíduos. do “Delfim”, mais um acoplamento e por
dos 18 anos surgiu finalmente a possibili- A bordo do “Delfim”, a manobra de fim uma viagem de regresso à superfície,
dade de tornar este acopla- no LR5 com outros volun-
mento uma realidade. tários de bordo.
Esta operação surge na A abertura da escotilha de
sequência de um relacionamen- salvamento à profundidade
to privilegiado entre as duas de 146 metros, a passagem de
Marinhas (Inglesa e Portu- 17 elementos da guarnição por
guesa), face a uma cooperação essa escotilha, 3 viagens no
naval que já decorre desde 1991 LR5 e 2 acoplamentos, foram
com as participações em exercí- os resultados de um grande
cios de treino de navios de passo para a confiança daque-
guerra anti-submarina (OST les que têm nesta plataforma a
–Operational Sea Training). sua segunda casa.
Sendo a busca, localização e
salvamento de submarinos sinis- (Colaboração do N.R.P. “Delfim”)
trados, uma preocupação cons-
tante da nossa Marinha houve o Notas
a) O NRP “Delfim” encontra-se sob o
entendimento de desenvolver as Primeira equipa a bordo do veículo de salvamento LR5 pronta para o transbordo para Comando do CTEN Silva de Pinho, que
diligências necessárias a efectuar o NRP Delfim. Da esquerda para a direita: 1MAR CM Gonçalves, 1MAR E Gago, assumiu funções em 11 de Janeiro de
um exercício de acoplamento 1SAR E Calisto e CTEN Gouveia e Melo. 2001, depois de ter terminado o Curso
com um submersível de salva- de Comandantes para Submarinos.
mento e desta forma certificar as escotilhas assentamento do LR5 foi atentamente b) Passaram a escotilha a 146 mts e navegaram no
dos submarinos classe “ALBACORA”. seguida, sendo o silêncio e a expectativa LR5 os seguintes elementos:
1ª equipa - Cten Gouveia e Melo (teve a honra da 1ª
O planeamento desta operação teve iní- de tal forma que permitiram escutar, sem passagem), 1 Ten M Ribeiro, 1 Sar E Calisto, 1 Mar CM
cio há cerca de dois anos na Esquadrilha a ajuda de equipamento, os ruídos provo- Gonçalves, 1 Mar E Gago.
de Submarinos, tendo sido estabelecidos cados pelos jactos de água enviados pelo 2ª equipa - 1 Ten EN-AEL Sousa, 1 Ten M Teles, 1
contactos com responsáveis do “UK LR5 na manobra de acoplamento. Sar HE Azevedo, 1 Sar T Santos, 1 Mar CM Rolo.
3ª equipa - 1 Ten Lucena, 2 Ten EN-AEL Pica, 1 Sar
Rescue Service” durante as reuniões anu- Após a passagem do primeiro grupo MQ Gomes, 1 Sar MQ Cerqueira, 2 Sar MQ Ferreira,
ais do “Submarine Escape and Rescue para o interior do “Delfim”, seguiram-se: Cab R Fernandes, 1 Mar CM Santos
REVISTA DA ARMADA • SETEMBRO/OUTUBRO 2001 13