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TOMADAS DE POSSE



                                VICE-CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA

                              ● Realizou-se no passado dia 5 de Julho  percam de vista a exequibilidade dos seus estudos e projectos; privilegiará
                              na Casa da Balança (Instalações Cen-  os projectos integrados de planeamento, mantendo actualizada a visão
                              trais de Marinha) a cerimónia da toma-  prospectiva da Marinha para vários modelos…”
                              da de posse do cargo de Vice-Chefe do  Sublinhou ainda mais adiante que:
                              Estado-Maior da Armada pelo VALM  “ (...) Preparará as reformas que se antecipam, quer a nível interno, quer
                              Francisco António Torres Vidal Abreu.  na ligação aos outros ramos, quer ainda na interligação com o EMGFA e
                                O Almirante CEMA no seu discurso  MDN, no sentido de as ajudar a construir e não ser por elas conduzido;
                              aquando da cerimónia salientou que:  Colaborará activamente na revisão que se anuncia de toda a sequência
                                “(...) Todas as organizações, mesmo as  legislativa de planeamento estratégico, do Conceito Estratégico de
                              mais prósperas, necessitam de ter um  Defesa Nacional ao Dispositivo, ajudando a não deixar perder as especi-
                              plano de sobrevivência e um projecto que  ficidades de uma Marinha de um País Marítimo e arquipelágico...”
                              motive a convergência do seu pessoal. O
                              “plano” da Marinha continua a assentar  O Vice-Almirante Francisco António Torres Vidal Abreu nasceu em 4 de
                              no Estudo dos Contributos para o  Junho de 1944 e ingressou na Escola Naval em 1 de Outubro de 1961, sendo
         Planeamento de Forças da Marinha…                     promovido a Guarda-Marinha em 11 de Janeiro de 1965.
                                                                O Vice-Almirante Vidal Abreu desempenhou funções de Comandante da
           Referiu ainda: “(...) Parece-me claro, porém, que o “plano de sobre-  Esquadrilha de Lanchas do Rio Zaire – Angola e foi Director da Estação
         vivência” da Marinha, qualquer que ele venha a ser, dependerá exclusi-  Radionaval “Comandante Nunes Ribeiro”. Frequentou o mestrado em
         vamente do Governo, ficando reservadas para o ramo a assessoria e a  Oceanografia na “Naval Postgraduate School”, em Monterey (USA).
                                                                Entre 1980 e 1991, no Instituto Hidrográfico, chefiou a Divisão de Marés,
         preparação de estudos e propostas. Já o temos feito e voltaremos a fazê-lo  a Divisão de Dinâmica de Costas e Estuários e a Divisão de Ondas e Marés.
         com o maior rigor e transparência, sempre que nos seja pedido, ou as  Simultaneamente, teve sob o seu comando o Grupo de Navios
         circunstâncias o aconselhem. É essa a situação em que nos encontramos,  Hidrográficos (1989/91). Promovido ao posto de Capitão-de-Mar-e-Guerra
         pois é absolutamente necessário retomar a actualização dos Contributos  em Abril de 1990, foi nomeado posteriormente, Chefe da 4ª Divisão do esta-
         para o Planeamento de Forças da Marinha, logo que fique concluída a  do-Maior da Armada, cargo que desempenhou durante os anos de 1991/93.
         revisão do Conceito Estratégico de Defesa Nacional...”   Após a frequência do “Naval Command Course” – “Naval War College” foi
                                                               nomeado Director Técnico do Instituto Hidrográfico (1994/95).
           Por sua vez o VALM Vidal Abreu no seu discurso referiu que:  O Vice-Almirante Vidal Abreu foi promovido a Contra-Almirante em
           “(...) O EMA centrará a sua actividade no médio e longo prazo, esta-  Agosto de 1995, sendo nomeado para Subchefe do Estado-Maior da
         belecendo as necessárias pontes com a Componente Operacional do  Armada. Em 29NOV99 assumiu o cargo de Superintendente dos Serviços
         Sistema de Forças, com o Sistema da Autoridade Marítima, com os  do Material, que exerceu até 4JUL2002.
                                                                Da sua folha de serviço destacam-se várias condecorações e louvores.
         organismos de Implantação Territorial e com os OCAD, para que se não


                              SUPERINTENDENTE DOS SERVIÇOS DO PESSOAL
         ● Realizou-se no passado dia 24 de                                        afirma, que de todas as áreas funcionais da
         Junho, na Casa da Balança (I.C.M.) a                                      marinha, a do pessoal é aquela que conti-
         cerimónia da tomada de posse do                                           nua a suscitar maior atenção e, simultane-
         VALM João Manuel Lopes Pires                                              amente maiores preocupações lhe causa de-
         Neves para o cargo de Superinten-                                         vido às carências que a afectam.
         dente dos Serviços do Pessoal e que foi                                     Este um aspecto, sem dúvida alguma
         presidida pelo CEMA, Almirante                                            importante, porque são as pessoas, os seus
         Mendes Cabeçadas.                                                         conhecimentos e saber, que constituem o
           Das palavras proferidas pelo                                            recurso dos recursos, o tal recurso estra-
         VALM Pires Neves são de destacar:                                         tégico, que coloca esta imensa máquina,
           “E é neste ambiente de mudança e restrição que V. Exª. Sr. Almirante,  que é a Marinha, em funcionamento e operação. Conseguir este desiderato
                                                              não é todavia fácil, pois há que atender às “necessidades”, “interesses” e
            O Vice-Almirante João Manuel Lopes Pires Neves frequentou o Curso de  “objectivos”, da organização, como também do próprio indivíduo.
          Marinha da Escola Naval em 1962/1966, sendo promovido  a Guarda-Marinha  Das palavras que proferiu o Almirante CEMA são de destacar:
          em JAN66.
            Especializou-se em Comunicações e possui, entre outros, o Curso Superior  “De entre as questões que nos devem suscitar maior atenção, a exemplo
          Naval de Guerra, os cursos de Táctica Naval para comandantes e imediatos de  do que fazem os nossos aliados, saliento duas:
          escoltadores, “The Staff Officers Orientation Course”, “Gestão de Recursos  A percentagem do orçamento de Pessoal relativamente ao orçamento de
          Humanos”, “Integrado de Gestão” e o “International Defense Management  Operação e Manutenção, e ao orçamento de Investimento.
          Course” que frequentou nos Estados Unidos da América.  A relação entre os quantitativos do pessoal empenhado em actividades
            Esteve embarcado em várias unidades navais, tendo comandado os N.R.P’s
          “Alfange” e “General Pereira D’Éça”. Foi oficial imediato dos N.R.P’s “Brava”,  operacionais e em funções de apoio.
          “Porto santo” e “Comandante Sacadura Cabral”. Foi Chefe do Serviço de  Recordo que o Estudo dos Contributos para o Planeamento de Forças
          Armas Submarina do N.R.P. “Boavista” e Chefe do Serviço de Comunicações  da Marinha (elaborado em 1996 e revisto em 1998) a Marinha propôs
          do N.R.P. “Pacheco Pereira”.                        diversas medidas que melhorariam substancialmente aqueles índices, mas
            Foi Ajudante de Ordens do Almirante CEMA e Adjunto Militar do Primeiro-
          Ministro. Exerceu os cargos de Director da Estação Militar Principal de  muitas delas aguardam ainda seguimento.
          Comunicações de Porto Santo, Adjunto da 1ª Divisão do Estado-Maior da  É certo que já reduzimos substancialmente os efectivos, mas o processo
          Armada, Adido Naval em Londres – Grã-Bretanha e Chefe da Repartição de  não decorreu como tínhamos planeado. Não apenas pelo atraso verificado
          Oficiais da direcção do Serviço do Pessoal.         no arranque dos principais programas estratégicos da Marinha, mas tam-
            Mais recentemente desempenhou o cargo de Adjunto do Ministro da Defesa  bém pela circunstância de os orçamentos terem continuado a descer, de
          Nacional e de Docente e Subdirector do Instituto Superior Naval de Guerra.
            Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.  terem surgido novas despesas com o pessoal e de se terem agravado proble-
                                                              mas de recrutamento e de retenção.”
                                                                              REVISTA DA ARMADA • SETEMBRO/OUTUBRO 2002  21
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