Page 277 - Revista da Armada
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Pensava que navegava sózinho?
Pensava que navegava sózinho?
O adaptada aos diversos destinatários, comple- Na sua elaboração procurou estruturar-se
Instituto Hidrográfico encetou, no bié-
nio 2003/2004, o processo de revisão mentada sempre que possível e considerado a informação de forma completa com senti-
da generalidade das suas Publicações adequado com tabelas, gráficos e fotografias do prático e adaptada aos destinatários com-
Náuticas Oficiais, nele se destacando o Rotei- representativas da realidade actual. Pela pri- plementada sempre que possível e adequado,
ro da Costa de Portugal – Portugal Continen- meira vez, numa Publicação Náutica Oficial, é com tabelas, gráficos e fotografias representa-
tal. Este processo envolveu a recolha sistemá- apresentada toda a informação pertinente para tivas da realidade actual.
tica de informações actualizadas junto das o navegador de recreio relativa às actuais facili- A publicação encontra-se dividida em qua-
diversas autoridades com responsabilidades dades e infra-estruturas dedicadas à prática da tro partes; após uma introdução e apresentação
na orla costeira e nas da estrutura da publi-
infra-estruturas portuá- cação, é feita a carac-
rias, bem assim como terização dos factores
a obtenção de registos climáticos que afec-
fotográficos dedicados tam o troço de costa
dessa mesmas áreas. coberto pelo volume,
seguindo-se a apre-
NA ROTA DOS sentação dos dados
ROTEIROS sobre os diversos por-
tos existentes, com in-
Decorreu já um pe- dicação das principais
ríodo significativo des- valências, serviços e
de a publicação da 2ª facilidades neles dis-
edição do Roteiro da poníveis, organizados
Costa de Portugal – de forma geográfica
Portugal Continental, de Norte para Sul na
que datou de 1990, e costa Oeste e de Oes-
da sua última actuali- te para Leste na cos-
zação através do su- ta Sul. Segue-se uma
plemento nº 3, de 31 quarta parte, onde se
de Janeiro de 2000, apresenta uma descri-
tendo nesse período ção exaustiva da orla
ocorrido mudanças costeira, suportada
assinaláveis na orla por uma reconstitui-
costeira, bem assim como na legislação na- navegação de recreio, com o objectivo de se ção fotográfica sequencial utilizando os regis-
cional e internacional que regula essas áreas. tornar na publicação de referência para todos tos fotográficos obtidos a bordo de unidades
Assistiu-se ainda a uma assinalável evolução os entusiastas da modalidade. Embora este vo- navais. Embora exaustiva, pretende-se que esta
e investimento na formação profissional e lume seja editado inicialmente em Português, descrição permita uma consulta fácil, intuiti-
cultural dos agentes envolvidos na activida- está em equação a elaboração a breve prazo va e rápida; é complementada, quando apli-
de marítima, seja de âmbito comercial ou de de uma edição em Inglês. cável, por registos fotográficos dedicados dos
lazer, o que se traduz numa abordagem cada Um novo roteiro para utilizadores Rotei- diversos pontos conspícuos, designadamente
vez mais pragmática e consciente aos diver- ro da Costa de Portugal – Do Rio Minho ao faróis, barras, enfiamentos e outros, de forma
sos documentos náuticos de referência para Cabo Carvoeiro a auxiliar o navegante na execução da nave-
estas actividades. Um novo volume da 3ª edição do Roteiro da gação costeira. Nesta última parte é também
Costa de Portugal, destinado à navegação marí- efectuada a caracterização dos fundeadouros
NA ROTA DA NAVEGAÇÃO tima geral, foi lançado pelo Instituto Hidrográ- existentes ao longo da nossa costa e nas áreas
DE RECREIO fico, no mês de Maio, por ocasião das celebra- portuárias, destinados à navegação marítima
ções do Dia da Marinha, na Figueira da Foz. em geral, devidamente promulgados pelas
A Marinha, através do Instituto Hidrográfico, Atendendo à dimensão da costa de Portu- Autoridades Marítimas e Portuárias, sendo, se
retomando um projecto de difusão das infor- gal Continental e à quantidade de informação aplicável e disponíveis, divulgadas as áreas
mações náuticas iniciado com a publicação da que a ela diz respeito, optou-se por dividir o respectivas, condições de utilização e demais
primeira edição do Roteiro para a Navegação anterior volume respeitante a Portugal Conti- informações de utilidade para o navegador tais
de Recreio, decidiu reformular a ideia original, nental em três volumes, que irão cobrir res- como o tipo de fundo, sua tença e outras infor-
adaptando-a ao que considera serem as actuais pectivamente as áreas do Rio Minho ao Cabo mações pertinentes.
legitimas exigências e aspirações dos navega- Carvoeiro, do Cabo Carvoeiro ao Cabo de Sempre que considerado aconselhável são
dores de recreio. São Vicente e do Cabo de São Vicente ao Rio ainda apresentados os detalhes genéricos de
O recente volume do Roteiro da Costa de Guadiana. alguns dos fundeadouros usualmente utiliza-
Portugal – Portugal Continental, designado dos pela navegação de menor porte, designa-
Marinas e Portos de Recreio, publicado no O ROTEIRO DO MINHO damente a que se dedica à actividade piscató-
formato de Publicação Náutica Oficial, preten- AO CARVOEIRO ria ou à da náutica de recreio, especialmente
de actualizar a informação disponível acerca aqueles que se constituem em pontos de abri-
das infra-estruturas disponíveis hoje em dia O volume agora editado contém informação go em condições meteorológicas adversas.
em Portugal Continental, mas também garan- relativa ao trecho de costa compreendido entre Para mais informações sobre estas no-
tir que ela estará sempre ajustada à realidade O Rio Minho e o Cabo Carvoeiro, bem como vas Publicações Náuticas Oficiais, visite
que pretende representar. Na sua elaboração todos portos comerciais, portos de pesca, ma- www.hidrografico.pt.
procurou estruturar-se a informação de forma rinas e portos de recreio aí existentes, destinan- Z
completa mas simples, com sentido prático e do-se à navegação marítima em geral. (Colaboração do IH)
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