Page 88 - Revista da Armada
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As Novas Viaturas Blindadas
As Novas Viaturas Blindadas
Ligeiras Anfibias (VBLA)
Ligeiras Anfibias (VBLA)
o passado, dia 16 de Fevereiro, certa- encontrem com os projectos finalizados. tes entregas para 2009: 4 (TP 12.7 mm) no 1º
mente muitos foram os que ouviram Para salvaguarda de interesses, a Marinha e trimestre e mais 1 no 3º; 2 (TP LGA 40mm)
Nnos noticiários ou leram nos jornais o Exército indigitaram pessoal que tem acom- no 3º e 3 no 4º trimestre; 3 Posto de Comando
do dia seguinte, que tinha sido aberta uma panhado o desenvolvimento dos estudos e (PC) no 3º trimestre; 2 Canhão no 3º trimestre
fábrica onde se iriam construir os novos blin- projectos efectuados pela Styer, equipa esta, e 2 Morteiro 120 no 4º trimestre.
dados para a Marinha e para o Exército. que tem conseguido introduzir alterações que A necessidade dos Fuzileiros possuírem
Foi pois com pom- viaturas blindadas, já se
pa e circunstância que fazia sentir desde os anos
se inaugurou a linha de 70, altura em que foram
montagem das VBLA e adquiridos os primeiros
que estiveram presen- Chaimites. Estas viaturas
tes várias entidades ci- mais vocacionadas para
vis e militares das quais travessias de cursos de
destacamos da Marinha água que para o ambiente
o VALM Viegas Filipe marítimo, deram entrada
(DGAED), o VALM Palhi- nos Fuzileiros no início de
nha (SSM), o CALM Pais 76, num total de 4 onde se
Loureiro (DN), o CALM destacava uma, desi gnada
Abreu (CCF) e vários Ofi- por Armada 90 (viatu-
ciais Superiores. ra que incorporava uma
É uma realidade que a arma, desenvolvida na
empresa situada no Bar- Marinha pelo engenhei-
reiro, mais precisamente ro Neto, constituída por 8
à entrada da Quinta da tubos, capaz de disparar
Lomba, anteriormente outras tantas munições
designada por “A.R.B” e de 88.9 mm, usadas na
actualmente mais conhe- Bazuca). De facto, cedo
cida por “A.R.B. FABRE- se concluiu que não esta-
QUIPA”, que há muito Antevisão da viatura porta canhão para a Marinha. vam vocacionadas para o
construía atrelados para Portugal e essencial- irão ser fundamentais para que os veículos se- desafio das águas salgadas e para tal não foi
mente para exportação, inclusivamente cons- jam aquilo que os Ramos mencionados pre- preciso mais que duas ou três em deslocações
truiu alguns para os Fuzileiros, vai montar cisam. Apesar da necessidade da realização até à Lisnave em Cacilhas com entrada e saída
os novos veículos blindados que estão a ser de testes vários, ao aço empregue, aos “ADD- na Ponta dos Corvos. Por razões várias, de en-
desenvolvidas pela Styer em Viena, encon- ON”, etc. e de testes no terreno ao casco e à tre as quais se salienta a razão atrás menciona-
trando-se já o primeiro grupo de 5 cascos, motorização, o grupo das primeiras viaturas da, cedo deixaram de ser usadas em ambiente
montados na Áustria na fase de montagem de Transporte de Pessoal (TP), que estão a ser operacional podendo-se afirmar que não foram
de equipamentos e mais 10 na linha de mon- finalizadas irão ser entregues ao Exército já no utilizadas mais que uma dezena de anos.
tagem dos cascos, em Portugal. 3º trimestre deste ano, terminando assim o de- Com o empenhamento dos fuzileiros em
Porque este programa envolve um conjun- senvolvimento deste tipo, através da realiza- missões de interesse nacional, algumas das
to de 17 tipos de viaturas de entre as quais ção dos testes finais em Maio próximo. quais com características anfíbias, e em mis-
se destacam 5 tipos na versão anfíbia, para As primeiras 3 viaturas (TP 12.7 mm) para sões de Apoio à Paz, tornou-se imprescindível
a nossa Marinha, que a seguir se descrevem, a Marinha estão já agendadas para o último que os nossos Fuzos possuíssem meios com
vão demorar algum tempo para que todos se trimestre de 2008, estando previsto as restan- capacidade de blindagem, aptos a desempe-
Linha de montagem “FABREQUIPA”. Viatura em construção.
14 MARÇO 2007 U REVISTA DA ARMADA