Page 89 - Revista da Armada
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nharem tais missões com riscos diminuí- de munição. O disparo é feito através de
dos para o pessoal. Talvez seja de relem- um “joy-stick” como se faz num jogo de
brar que no ano de 2000, os Fuzileiros computador, podendo também aproxi-
para poderem desempenhar a missão de mar a imagem, para no caso do míssil,
Apoio à Paz na Bósnia, entre Janeiro e Ju- o apontador escolher o ponto mais frágil
lho, tiveram que utilizar 12 viaturas Chai- do alvo a destruir. Para que tudo funcione
mite, cedidas pelo Exército. na perfeição o sistema é apoiado por um
Descrevem-se a seguir as principais ca- Laser Range Finder, uma câmara térmica
racterísticas das viaturas que vão ser en- e uma câmara TV que permitem, mesmo
tregues à Marinha. com fumo ou nevoeiro, detectar os alvos
As viaturas, além do condutor e atira- e informar o atirador do tipo de alvo a
dor, têm capacidade de transportar Fuzi- abater e da sua distância. O míssil já foi
leiros equipados para combate, sendo de dito, é o Spike. Trata-se de um míssil de
destacar que as TP irão transportar 8 a 9 Viatura de transporte de pessoal terrestre. fabrico Israelita da 4ª geração, considera-
homens (estando este número dependente do como um dos mísseis mais avançados
de estudos sobre o emprego operacional), as e o municiador e as PC possuirão 4 posições no momento.
Porta Canhão 5, as Porta Morteiro o apontador de trabalho com todos estes militares arma- Todas as viaturas vêem equipadas com
dos e equipados para combate, equipamento de identificação para os meios
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS havendo espaços no veículo para aéreos, com detectores de partículas nucle-
Comprimento 7,4 m colocação de mochilas, cunhetes ares e químicas, com os respectivos filtros
Largura 2,7 m de munições de reserva e outros e têm ambiente pressurizado em todo o veí-
Altura 2,1 m
Velocidade Máxima 105 km/h materiais. culo, que lhe permite atravessar uma área
Velocidade na água 5,4 nós Apesar das armas empregues contaminada, com protecção para o pessoal
Autonomia a 60 km/h 600 km estarem já descriminadas, há a embarcado.
Altura da Vaga 1 m realçar que o sistema de armas Por serem veículos da última geração pos-
TIPO VIATURA TIPO DE ARMAS do canhão 30 mm que é “over suem ar condicionado, sendo assim possí-
8 viaturas de transporte de pessoal 12,7 mm head”, o que significa que o atira- vel dar conforto aos Fuzileiros mesmo em
5 viaturas de transporte de pessoal LGA 40 mm dor está dentro da viatura e esco- climas díspares e estão equipados com uma
3 viaturas de posto de comando Metralhadora 7,62 mm lhe os alvos através do ecrã que suspensão que faz inveja aos nossos veículos
Canhão 30 mm, dois mísseis spike, está á sua frente, onde escolhe particulares.
2 viaturas porta canhão 30 mm uma Met. Ligeira 7,62mm coaxial
e Met. Ligeira 7,62mm também o tipo de arma a utilizar Z
Mort.120mm e uma Met. Ligeira e no caso de escolher o canhão Francisco Preto
2 viaturas porta morteiro 120mm
7,62mm de 30 ainda pode escolher o tipo CMG FZ
ENTREGA DE COMANDO
ESCOLA DE FUZILEIROS
¬ No dia 31 Outubro de 2006, decorreu no Viaturas Blindadas Ligeiras Anfíbias, que
Salão Nobre da Escola de Fuzileiros, a ceri- dispondo de maior mobilidade, implicam
mónia da tomada de posse do novo Coman- maior raio de acção para treino.
dante da Escola de Fuzileiros, CMG FZ Pires
Carmona.
O CMG FZ João Alberto Pires Carmona foi in-
Presidiu à cerimónia o Comandante Na- corporado na Marinha e nos Fuzileiros em 1972
val, VALM Vargas de Matos, estando presen- e em 1979 passou a integrar o Quadro de Oficiais
tes o Comandante do Corpo de Fuzileiros, Fuzileiros.
CALM Carvalho Abreu e outros oficiais ge- Cumpriu comissão de serviço em Angola, em 1973
nerais, a generalidade dos oficiais do CCF, re- e 1974 e no G2EA, onde prestou serviço no Serviço de
Abastecimento e desempenhou as funções de Chefe
presentantes dos sargentos, praças e funcio- do Serviço de Prisão da Marinha.
nários civis das unidades e ainda familiares e amigos do empossado. No Corpo de Fuzileiros desempenhou, entre outras, as funções de Comandante
Após a leitura da ODU, o CMG Pires Carmona no seu discurso afir- da Companhia e Comandante do Batalhão de Fuzileiros Nº1, Policia Naval, Chefe
mou “…Formar, educar, transformar o civil em militar, em infante de do Estado-Maior e 2º Comandante da extinta Força de Fuzileiros do Continente,
marinha e combatente, são as responsabilidades da Escola, do Corpo de 2º Comandante e Comandante da Base de Fuzileiros, Chefe do Estado-Maior e em
acumulação 2º Comandante do Corpo de Fuzileiros.
Fuzileiros, mas também da Direcção do Serviço do Pessoal e da Direc- No MDN prestou serviço no Gabinete de Comunicação e Relações Públicas do
ção do Serviço de Formação. O Comandante da EF tudo fará no sentido Gabinete do Ministro da Defesa Nacional e no Departamento de Cooperação Téc-
de gerir com rigor, qualidade e eficácia, mas com o pragmatismo que nico-Militar da Direcção-Geral de Politica de Defesa Nacional, desempenhando
o FAZER BEM implica, as conhecidas carências em recursos humanos funções de Adjunto para o planeamento e coordenação da execução da Politica de
Cooperação Técnico-Militar com Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau.
que limitam ambições e dificultam concretizações”. No âmbito da Cooperação Técnico-Militar, em 1993/94 foi Chefe da Asses-
Falou de seguida o Comandante do CF, que salientou a importância soria para a concepção, direcção e organização da Força de Fuzileiros Navais de
da “missão da Escola … e a futura necessidade de esta ser chamada a Angola e em 2000/2001 desempenhou as funções de Assessor do Adido de De-
colaborar no processo de crescimento do DAE”. A terminar destacou fesa em Luanda.
Possui, entre outros, o Curso de Mando Para Ascenso a Jefe de Infanteria de Ma-
“a importância, para a formação, e também para o treino das unidades rina (Espanha), o Curso de Formação de Oficiais Fuzileiros da EN, CGNG, Curso
operacionais, de áreas de treino e de exercícios, que possibilitem efec- de Aperfeiçoamento de Oficiais em Guerra Electrónica, Curso de Aperfeiçoamento
tuar desembarques anfíbios, outra acções típicas da manobra terrestre, em Inactivação de Engenhos Explosivos Convencionais / Ramo Terrestre, Curso de
apeada ou motorizada, com tiro real em muitos casos”, deixando uma Aperfeiçoamento em Contra-Vigilância (EPE-Tancos), Estágio de Estados-Maiores
orientação no sentido de a Escola preparar um estudo sobre os requi- Conjuntos (IDN) e Public Information Officers Course (PIO- SHAPE-MONS).
sitos militares de um campo que possa também comportar as novas Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
REVISTA DA ARMADA U MARÇO 2007 15