Page 204 - Revista da Armada
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Rhythm com um arranjo para banda de Ku- As Forças em Parada, comandadas pelo
nio Fujisaki. Gershwin é sempre um sucesso CMG FZ Manuel Ferreira Campos, tinham
que agrada a todos, e a sua apresentação a seguinte constituição: Banda e Fanfar-
neste concerto não constituiu excepção. ra da Armada, sob o comando do 1TEN
Sem excluir a qualidade do conjunto da MUS Délio Gonçalves; um bloco de es-
Banda, na execução destas duas obras agra- tandartes integrando 17 estandartes de
dou-me especialmente a actuação de Paulo Unidades da Armada e um da Liga dos
Gaspar no clarinete, Luís Salgado na bateria Combatentes, comandado pelo 1TEN
e o trompete de Rui Chaínho que, aliás, já Monteiro Lopes, com escolta de honra de
se fizera notar durante a primeira parte em um pelotão de cadetes da Escola Naval,
Dragon Fight. O concerto terminaria com comandado pelo 1TEN Baptista Ventu-
a célebre tarantela Funiculì, Funiculà, com ra, um batalhão a duas companhias, co-
arranjo especial de Jorge Salgueiro, mas a mandado pelo CFR Vizinha Mirones, o
insistência do público obrigou à apresenta- comandante do NRP “Bartolomeu Dias”,
ção de uma obra extra intitulada Mural de um Batalhão de Fuzileiros, a duas com-
Zeca Afonso (também com arranjo de Jorge panhias, comandado pelo CFR FZ Leão
Salgueiro) em homenagem ao grande artista Seabra; um Batalhão de Fuzileiros, a duas
natural de Aveiro. E, como sempre aconte- companhias, comandado pelo CFR FZ Al-
ce, fechou com a Marcha dos Marinheiros, meida Gabriel; e uma força motorizada
cantada em pé por todos os presentes. Mais com meios do Corpo de Fuzileiros e da
uma vez a Banda da Armada proporcionou- Direcção Geral da Autoridade Marítima,
-nos um excelente espectáculo. comandada pelo CTEN FZ Pinto Conde.
Cerca das 11h00 chegou o Ministro da
O DIA 24 DE MAIO – A CERIMÓNIA Defesa Nacional, a quem foram prestadas
MILITAR as honras militares devidas pelas Forças
As comemorações culminaram no dia 24 em Parada, dando-se início à cerimónia
de Maio com um conjunto de realizações que militar com a imposição de condecora-
começaram com a missa de sufrágio dos mili- ções a militares, militarizados e civis que
tares, militarizados e civis da Marinha, já fale- se distinguiram na sua acção ao serviço
cidos, celebrada na Igreja da Misericórdia de da Marinha e de Portugal. De imediato
Aveiro pelo Bispo das Forças Armadas, D. Ja- teve lugar a sempre emotiva homenagem
nuário Torgal Ferreira, acolitado pelos Vigário- aos mortos, a que se seguiu uma alocução
-Geral Castrense, Capelão Manuel Amorim, proferida pelo Almirante Melo Gomes.
pelo Capelão-Chefe da Marinha, Ilídio Costa, E as primeiras palavras do CEMA ca-
e pelos capelães Licínio Silva e Sousa Valério. racterizaram a inequívoca e estreita re-
É um acto que sempre congrega a família na- lação que Portugal manteve com o mar
val, num momento de particular significado, ao longo dos séculos, salientando a im-
devendo destacar-se a actuação do coro da portante urgência do reencontro de uma
Escola Naval. Uma especial referência para a vocação nunca perdida. O processo de
magnífica voz da Cadete Ana Duarte Meira, alargamento da plataforma continental,
acompanhada ao piano pela Cadete Diana que está em curso, é algo que só encontra
Azevedo, na Avé Maria de Schubert. comparação na fase inicial da expansão
Cerca das 10h00 dava-se início à cerimónia marítima, emergindo um conjunto de po-
militar, no espaço contíguo ao Centro Cultu- tencialidades que os números são ávidos
ral e de Congressos, em frente do espelho de em explicar. Representará “um acréscimo
água. Foi o momento mais solene das come- de 2 milhões de Km2” o que acarretará a
morações do Dia da Marinha e a ela se dignou uma soberania sobre um espaço marítimo
presidir o Ministro da Defesa Nacional, Profes- de 4 milhões de Km2, correspondendo
sor Doutor Nuno Severiano Teixeira. Estiveram “a 40 vezes o território nacional e a mais
presentes o Secretário de Estado da Defesa Na- de 80% da área terrestre dos 27 países da
cional e dos Assuntos do Mar, Dr. João Mira União Europeia”. Toda a gente reconhe-
Gomes, o Presidente da Câmara Municipal cerá que são números impressionantes, e
de Aveiro, Dr. Élio Maia, o Presidente da Câ- que pressagiam um desafio extraordinário
mara Municipal de Ílhavo, Eng. Ribau Esteves, para o país e para a Marinha Portuguesa.
representantes dos Chefes do Estado-Maior do Recordou o Almirante Melo Gomes que
Exército e da Força Aérea e diversas entidades 90% do comércio mundial se faz por via
civis e militares. marítima, e que “pelas águas jurisdicio-
22 JUNHO 2009 U REVISTA DA ARMADA