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ROV “Navajo” dentro da gaiola construída pelo IH com o sistema de posicionamento acústico acoplado.
         tipo de sistemas; (2) estudo das diversas partes  te utilizadas na pilotagem de ROVs. Para tal, o  mitem a sua operação em zonas com correntes
         constituintes de um ROV; (3) diversas tipologias  IH construiu uma estrutura em box (designada  significativas. Com estas ferramentas este sistema
         de operação; e (4) noções gerais de electrónica  por gaiola ou garagem), que permite lançar e  está apto a efectuar operações de detecção, ins-
         e hidráulica aplicadas aos sistemas ROV.  recolher o veículo em segurança, a partir de  pecção e identificação em situações de dificulda-
           Para as aulas práticas de pilotagem e navega-  um pórtico ou grua de um navio. Essa estrutura  de acrescida, que se manifestem desadequadas
         ção foram disponibilizados dois ROV “Falcon”  inclui ainda um suporte para fixação do posi-  para a utilização de mergulhadores.
         da SAAB Seaeye. As aulas decorreram em am-  cionamento acústico .       A necessidade de manter este sistema opera-
         biente controlado, no Loch Linnhe, a partir de   O plano de treinos, a aplicar também ao ROV  cional para actuar em cenários de emergência e
         uma unidade contentorizada e de um sistema  “Phantom S2”, tem como objectivo principal a  em trabalhos aplicados à segurança da navega-
         de lançamento e recolha (LARS, acrónimo para  elaboração de manuais de operação e manu-  ção, como é o caso da definição de rotas segu-
         Launch And Recovery System), nomeadamente  tenção dos sistemas ROV pertencentes ao IH,  ras de acesso aos portos nacionais, resultou na
         uma grua e um pequeno pórtico.     para além servir como treino de pilotagem para  formação de dois pilotos certificados pela IMCA
                                            a toda a equipa.                   (International Maritime Contractor Association).
         TRABALHOS EM CURSO                                                    Estes dois elementos, possuem agora o grau de
           Desde a recepção do “Navajo”, em Dezem- CONCLUSÕES                  pilotos de 2ª classe e estão aptos a pilotar tanto
         bro de 2008, que se estão a efectuar treinos   A aquisição do ROV “Navajo”, veio enrique-  ROVs de inspecção e observação, como ROVs
         de pilotagem e, simultaneamente, estão a ser  cer o parque de equipamentos do Instituto Hi-  de trabalho. Para garantir esta capacidade ope-
         ensaiados diferentes tipos de missões e meto-  drográfico, na medida em que este é um sistema  racional, vai ser mantido um plano de treinos de
         dologias de lançamento/recuperação veículo,  com capacidade superior ao antigo ROV “Phan-  pilotagem, que abrange todos os cenários pos-
         a partir das plataformas navais normalmente  tom S2”, no que respeita a trabalhos em zonas  síveis, de forma a treinar os pilotos existentes e
         operadas pelo IH, designadamente os navios  estuarinas e fluviais. A incorporação de uma câ-  a formar internamente novos pilotos. Prevê-se
         hidrográficos.                      mara acústica que fornece imagens de grande  que este sistema esteja operacional no final do
           Paralelamente, e com base no que foi apren-  qualidade, e de um sonar de varrimento circular  primeiro trimestre de 2009.
         dido no curso de formação de pilotagem veri-  de alta definição, permite a utilização deste ROV        Z
         ficou-se a necessidade de adaptar à realidade  em zonas onde a visibilidade é muito reduzida.   Catarina Fradique
         da Marinha algumas das estruturas normalmen-  Por outro lado, a sua portabilidade e potência per-  STEN TSN



                                          Condecoração
                                          Condecoração


              om a dignidade própria
              dos actos simples, reali-                                                                            Fotos Júlio Tito
         Czou-se no passado dia 27
         de Novembro, nas instalações da
         Comissão do Domínio Público
         Marítimo (CDPM), uma cerimó-
         nia de homenagem à memória do
         capitão-de-mar-e-guerra Gastão
         Alexandre Pessoa Guerreiro, ten-
         do em vista a entrega da condeco-
         ração que lhe foi atribuída, a título
         póstumo, pelo Almirante CEMA,
         à sua família, representada pela
         viúva, D.ª Isabel Maria Pessoa Guerreiro, e filhos Paulo e Sofia.  CDPM, em representação da Direcção-Geral da Autoridade Marí-
           A concessão da Medalha da Cruz Naval de 1ª Classe, com que o  tima (DGAM).
         antigo vogal da Comissão foi distinguido, reflecte o reconhecimen-  À cerimónia associaram-se os representantes da DGAM e dos
         to da Marinha pela forma dedicada, competente, muito profissio-  diversos departamentos da Administração Pública com assento na
         nal e de total disponibilidade, como aquele oficial superior desem-  CDPM, além de outras entidades, civis e militares, com ligação à
         penhou, ao longo de mais de dez anos, as funções de membro da  área do Domínio Público Marítimo.      Z
                                                                                    REVISTA DA ARMADA U FEVEREIRO 2009  17
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