Page 15 - Revista da Armada
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CONCLUSÕES                                           meios, conceitos e objectivos, necessárias para           BUZAN, WAEVER (2003). Regions and powers. The
                                                     a consecução da visão política. O submarino,           structure of international security. Cambridge: Cambrid-
  O conjunto dos contributos com que os sub-         na qualidade de meio operacional, propor-              ge University Press.
marinos podem concorrer para as diferentes           ciona neste contexto um conjunto de capaci-
funções das forças conjuntas e combinadas,           dades que podem contribuir coerentemente                  CHAGAS, CALM EMQ António (1993). A impor-
abrangendo áreas tão diversas como a Intelli-        para o planeamento de defesa e de forças em            tância dos submarinos nos sistemas de forças de po-
gence, a Manobra e Fogo, o Joint Targeting e a       apoio das funções estratégicas, orientadas para        tências marítimas. Lisboa: Instituto Superior Naval
Protecção de Força, decorrem, na sua essência,       a manutenção dos fins teleológicos do Estado            de Guerra.
de uma adequada articulação entre as
características singulares, as capacidades           e, consequentemente, para o estado final dese-             CORTESE, CDR Michael (2003). Gaining rapid ac-
fundamentais e os princípios de emprego                                                                     cess for the joint forces are we ready?. Newport, R.I.:
dos submarinos.                                      jado por qualquer potência com cultura estra-          Naval War College.

  Note-se que estes contributos são tam-             tégica-operacional.                                              HEZLET,VADM Sir Arthur (1967). The Subma-
bém hoje sobejamente aplicáveis para                                                                               rine and Seapower. New York: Stein and Day.
além do domínio das operações militares,             Os submarinos, longe de serem o único meio
nomeadamente, no plano do exercício                                                                                   KELLY, LCDR Christopher (1998). The subma-
da autoridade do Estado nas águas sob                para o sucesso das operações conjuntas e com-                 rine force in joint operations. Alabama: Air Com-
sua responsabilidade jurisdicional, sendo                                                                          mand and Staff College.
cada vez mais reconhecida a flexibilidade             binadas, constituem-se, todavia, como uma
de resposta e a eficácia do submarino em                                                                               LÉRIAS, CMG ECN Rui (2007). A componente
acções de cooperação inter-agência no âmbito         arma poderosa e essencial, dotada de caracte-                 submarina em operações de controlo ou de in-
da segurança e defesa.                                                                                             terdição do uso do mar. Anais do Clube Militar
                                                     rísticas e capacidades singulares, que proporcio-             Naval, Jul-Set, p. 618-625.
  O papel do submarino ao longo da sua exis-
tência, tal como transparece da história militar     nam múltiplas opções ao comando apoiado em                       MEIER, CDR T.W. (1997). The Joint Task for-
e naval, revela claramente que este meio cons-                                                                     ce commander and operational control of attack
titui uma variável incontornável na edificação        termos das funções e das capacidades das forças               submarines. Newport, R.I: Naval War College.
das análises prospectivas sobre as operações
militares e, mais importante, na afirmação so-        conjuntas e combinadas e consequentemente na                     OLIVEIRA, Hermes (1947). O submarino: e as
berana dos Estados. Obviamente, não é alheia                                                                       comunicações marítimas. Lisboa: [s.n.].
a esta questão a formulação do planeamento de        execução da arte operacional.                      Z
defesa e de forças, matéria bem complexa, por                                                                         TILL, Geoffrey (2004). Seapower: a guide for
contribuir para as aspirações fundamentais dos                            J. Rodrigues Pedra                the twenty-first century. London: Frank Cass.
Estados, como tal, sujeita ao rigor metodológi-
co e científico que permite mitigar, tanto quanto                                             CTEN              FERNANDES, António, BORGES, João (2005). En-
possível, as vitórias do imprevisto.                                                                        quadramento conceptual. In Pensar a Segurança e De-
                                                     Referências bibliográficas                              fesa. Lisboa: Edições Cosmos.
  A formulação estratégica de defesa e de for-          BOOTH, Ken (2007). Theory of World Security. Cam-
ças deverá considerar na sua equação, entre                                                                    RODRIGUES,VALM A. Reis (2000). Submarinos: para
outros factores, o ambiente estratégico e as so-     bridge: Cambridge University Press.                    que servem. Revista da Armada, nº 332, Jun, p. 6.
luções possíveis e adequadas, em termos de              BUZAN et al. (1988). Security: a new framework for
                                                                                                               RODRIGUES,VALM A. Reis (2004). De novo os sub-
                                                     analysis. London: Lynne Rienner Publishers.            marinos. Revista Militar, nº 10, Out, p. 911-916.

                                    SUBMARINOS                                                                 SACCHETTI, António (1999). Os submarinos na de-
                                                                                                            fesa nacional. Diário de Notícias, Dez, p. 21.
Características   Capacidades        Princípios de   O que proporcionam às forças            O que
   inerentes      fundamentais      emprego face às     conjuntas8 e combinadas          proporcionam          Documentos oficiais
                                    actuais ameaças                                                            NATO (2004). AJP-3.1: Allied joint maritime opera-
                                                                                          à estratégia      tions. Brussels: NATO.
                                                                                             militar9          NATO (2006). AJP-3(A):Allied doctrine for joint ope-
                                                                                                            rations. Ratification Draft. Brussels: NATO.
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