Page 22 - Revista da Armada
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ENTREGA DE COMANDO
Na tarde do passado dia 10 de Dezembro COMANDANTE NAVAL
de 2010, o VALM Monteiro Montenegro
assumiu o cargo de Comandante Naval, forço solidário de todos os sectores da Marinha Foto Júlio Tito
na partilha dos recursos humanos e financeiros,
na procura da mitigação do impacte das restri-
em cerimónia militar realizada na BNL, presidida çõesnaesquadra.
pelo CEMA, Almirante Saldanha Lopes e contan- Seguiu-se o discurso do Almirante CEMA,
do com a presença de altas entidades Militares e o qual, começando por enaltecer a confiança
Civis, nacionais e estrangeiras. depositada no novo Comandante Naval e o
As forças em parada, comandadas pelo CMG simbolismodacerimónia,abordouaindaascir-
PereiradaSilvaecompostaspor3companhiasre- cunstâncias actuais e os desafios para o futuro
presentantes, respectivamente, das Unidades Na- próximo. Neste particular, destacam-se os rep-
vais, do Batalhão de Fuzileiros Nº 1 e do Batalhão tos decorrentes da necessidade: de continuar a
de Fuzileiros nº 2, prestaram as honras devidas garantir a manutenção, em permanência, de uma O VALM José Alfredo Monteiro Montenegro ingres-
à chegada do Almirante CEMA, acto ao qual se ForçaNavalemprontidãode48horas;deviraser sou na EN e especializou-se em Artilharia Naval, frequen-
seguiu uma cerimónia de imposição de condeco- assumido pela primeira vez em 2011, o comando tou, o International Principal Warfare Officer Course no
rações. da Força Naval da União Europeia empenhada Reino Unido, o CGNG, o Senior Course do Colégio de
Deseguida,onovoComandanteNavalprofe- na Operação ATALANTA; de ser mantida a par- Defesa NATO e o Curso de Promoção a Oficial General.
riu uma alocução, em que realçou a necessidade ticipação no Contingente Nacional da FND no
de “… encarar de forma realista as circunstâncias que Afeganistão; e de reforçar o empenhamento na Como Oficial Subalterno, serviu durante 11 anos a
temos pela frente para que com serenidade, lucidez e cooperação para o desenvolvimento em parceria bordo de várias UN’s, nas quais exerceu funções como
pragmatismo possamos transformar as dificuldades pre- com outras marinhas, designadamente com os Chefe de Serviço, Chefe de Departamento de Operações
sentes em oportunidades que nos rasguem novos hori- paísesdonortedeÁfrica. e Imediato.
zontes, num processo contínuo de adaptação à mudança O Almirante CEMA concluiu o seu discurso
e, simultaneamente, de busca de novas rotas que condu- com os votos: “Senhor almirante, que a sorte o acom- Em terra, no âmbito da Esquadra, foi Instrutor de Tác-
zam ao progresso e modernidade.”. O VALMMontei- panhenestanobremissão.Bonsventosemardefeição.” tica Naval, Chefe da Secção de Instrução e Treino do CN
ro Montenegro estabeleceu ainda duas linhas de A cerimónia terminou com o desfile das forças em acumulação com o cargo de Oficial de Ligação ao Flag
acção orientadoras para o seu mandato, durante o em parada, seguido de uma passagem de um he- Officer Sea Training. Comandou a Esquadrilha de Heli-
qual pretende: no plano externo, estreitar a coope- licóptero Lynx em cumprimentos à tribuna, a que cópteros de 1996 a 1999.
ração entre todas as entidades que detêm compe- se seguiu um Porto de Honra no NRP “Vasco da
tências próprias no Mar sob soberania e jurisdição Gama”. No mar, comandou o NRP “Honório Barreto” e o
nacionais; e no plano interno, contribuir para o es- NRP “Corte Real”, com a qual integrou a Standing Naval
Force Atlantic como Navio-Almirante. Foi ainda Chefe
do Estado-Maior da European Maritime Force (EURO-
MARFOR).
Foi adjunto da Marinha na Missão Militar NATO em
Bruxelas. Em Setembro de 2006 assumiu funções como
Chefe da Divisão de Informações do EMA.
Exerceu o cargo de Chefe do Gabinete do CEMA como
CALM.
Ao longo da carreira, foi agraciado com vários louvores
e condecorações.
TOMADA DE POSSE
SUPERINTENDENTE DOS SERVIÇOS FINANCEIROS
Em 14 de Janeiro na Casa da Balança,
presidido pelo ALM CEMA teve lugar Foto Júlio Tito para a área financeira.
a tomada de posse do novo Superinten- Como tenho afirmado, as dificuldades não deverão
dente dos Serviços Financeiros (SSF), CALM to, da decisão e concretização do investimento, seja ser sinónimo de desalento, antes de coragem, âni-
AN Esteves Nunes que rendeu o CALM Palma vertida no Plano Financeiro de Médio e Longo Prazo. mo, reflexão crítica, análise lúcida e decisão ponde-
Mendonça. Assistiram à cerimónia muitos ofi- Este inovador plano, que já encontra previsão no Re- rada, na busca das melhores soluções...”
ciais generais e superiores, bem como militares gulamento de Administração Financeira da Marinha,
e civis das áreas da Superintendência e ainda constituirá um precioso e fundamental elemento da O CALM AN João António Barreiros Esteves Nunes
familiares do empossado avaliação da sustentabilidade financeira de médio e ingressou na EN, tendo concluído o curso de AN, em 1976.
longo prazo e, concomitantemente o elemento de refe-
Após a leitura da OA, e a condecoração com rência na gestão dos sectores funcionais da Marinha...” Foi oficial de guarnição e chefe de serviço nos NRP´s
a Medalha de Serviços Distintos-Prata do ante- “Augusto Castilho” e “Oliveira e Carmo”, membro dos
rior Superintendente, usou da palavra o novo Por fim o ALM CEMA, referiu designada- CA´s da BNL e G1EA. Como oficial superior foi membro
Superintendente de que se realça: mente: dos CA do DMS e do DMM e chefe dos serviços adminis-
“...São assim, em conformidade, exigidas medidas que “...Os actuais constrangimentos de índole financeira, trativos dos respectivos Comandos de ZM.
permitam monitorizar e projectar, com absoluto rigor decorrentes da sensível situação do País, merecem-me,
e disciplina, a inerente execução orçamental, natu- como comandante da Marinha, atenção redobrada Foi professor efectivo da EN na Área Científica de Finan-
ralmente, subsumida às normas de direito financeiro ças, leccionou as disciplinas de Administração Financeira e
público e conter a despesa, cuja gestão, respeitando a Finanças Públicas. Desempenhou funções de chefe da Div.
axiomática dos recursos disponibilizados, terá que ob- de Inspecções Financeiras e Patrimoniais da DAR. De 2002
servar, para além dos critérios da economia, eficiência a 2005 chefiou o Gabinete da Marinha junto da USNavy no
e eficácia, o princípio do melhor valor acrescentado na Naval Inventory Control Point – Philadelphia. Foi Director
concretização do produto institucional e na edificação Financeiro da Marinha.
das capacidades.
Assim é fundamental que o empacto no funcionamen- Tem a Pós-Graduação em Direito da Propriedade In-
dustrial e Intelectual pela Faculdade de Direito da Univer-
sidade de Lisboa, a Licenciatura em Gestão Financeira pela
Universidade do Algarve, o CGNG e a Pós-Graduação
em Direito Administrativo e Administração Pública pelo
Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Empresariais.
Na sua carreira, foi agraciado com vários louvores e con-
decorações.
22 FEVEREIRO 2011 • REVISTA DA ARMADA