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Marinha e ainda, os seguintes veículos da    pre que as comunicações são restabelecidas;     talhando-os para a missão, abrindo o leque
FEUP: UUV Xtreme, veículo de superfície au-    Comunicações além horizonte – poden-          de possibilidades de utilização, quer no âm-
tónomo Swordfish e um mini veículo aéreo                                                     bito militar, quer em áreas de interesse civil.
autónomo (UAV).                              do ser efetuada transmissão de dados, com
                                             recurso a múltiplos veículos ou «gateways»        A realização do evento Rapid Environ-
  O exercício teve 4 objetivos principais:                                                   mental Picture, tem permitido desenvolver
treino de operadores do sistema SeaCon,        Comando e Controlo – de veículos em di-       demonstrações de tecnologias com sistemas
extracção de dados de um UUV a partir de     ferentes ambientes (sistema dos sistemas), que  complexos com características únicas a ní-
um UAV com suporte DTN, avaliação            possa incorporar as funcionalidades específi-
de evoluções para o sistema SeaCon,          cas de cada um dos tipos de veículos, assim            vel mundial, sendo fundamental que
nomeadamente sonares de varrimento           como integrar os dados recebidos como con-             a sua realização se mantenha numa
lateral e Doppler Velocity Log; testes       tributo para o processo de tomada de decisão.          base anual, permitindo a evolução do
de lançamento de UUVs a partir dos                                                                  sistema Sea­Con e de outros projetos
submarinos da Marinha. Os objectivo            Integração de informação sensorial no anel           associados.
do exercício, que teve a duração de          de controlo para efeitos de guiamento – este
2 semanas durante o passado mês de           permite, por exemplo, o seguimento e ma-                  O trabalho desenvolvido, bem as-
Julho, foram inteiramente atingidos.         peamento de plumas.                                    sim como as cooperações estabeleci-
Refira-se, que esta foi a primeira vez                                                              das, quer a nível nacional quer a ní-
que foi efectuada a extracção de da-           A robustez dos veículos SeaCon e os re-              vel a internacional, permitem afirmar
dos de um UUV a partir de um UAV             sultados obtidos ao nível da autonomia, ve-            a tecnologia nacional nesta área de
com suporte DTN.                             locidade e estabilidade da plataforma, per-            ponta. Os passos dados a nível nacio-
                                             mitem antever a utilização em ambientes                nal, nesta área, permitiram-nos iden-
  No âmbito do projeto SeaCon                operacionais onde veí­culos de pequenas                tificar nichos de conhe­cimento onde
houve ainda lugar para a participa-          dimensões apresentam vantagens significati-            Portugal se encontra na linha da frente
ção nos exercícios internacionais de         vas, podendo estes sistemas, de arquitectura           do desenvolvimento.
guerra de minas SPMINEX10 e SPMINEX10        aberta, ser equipados com diversos sensores,
que envolveu o treino operacional com os                                                                                                         
UUV GAVIA.                                                                                                                    Carlos Afonso

CONCLUSÕES E EVOLUÇÕES                                                                                                                              CTEN

  O conhecimento adquirido possibilitou                                                                               João Borges de Sousa
a contribuição activa para a definição dos
desafios tecnológicos de defesa nesta área,                                                                                           Docente na FEUP
apontando como principais áreas de inves-
timento:                                                                                                                    Ricardo Martins

  Tolerância a disrupção de comunicações –                                                                                        Investigador na FEUP
armazenamento de dados relevantes quando
existe uma quebra nas comunicações, en-                                                      Notas
viando-os de forma ordenada e lógica sem-                                                    1 EDA – European Defence Agency
                                                                                             2 NATO Undersea Research Center
                                                                                             3 Naval Postgraduated School
                                                                                             4 Naval Undersea Warfare Center
                                                                                             5 NECSAVE - Networked vehicles for mine counter-me-
                                                                                             asures in littoral sea areas, que tem como particularida-
                                                                                             de de agregar o interesse da MP e da FAP. Este projeto
                                                                                             é liderado por Portugal e tem como parceiros Itália, Es-
                                                                                             panha, Holanda e Bélgica. É um projeto que resulta di-
                                                                                             retamente do projeto SeaCon pelo tema que endereça.

ACADEMIA DE MARINHA

Programa das conferências

7 Fevereiro                                               20 Março
Fernão Gomes da Mina, Mercador e Conselheiro de Monarcas  O Mar nas relações internacionais. Açores – Maritimidade
Académico Aurélio de Araújo Oliveira                      Portuguesa
14 Fevereiro                                              Dr. Miguel Monjardino
D. Dinis – o Pai da Pátria                                27 Março
Académico João Abel da Fonseca                            Implicações da evolução tecnológica das operações navais na
28 Fevereiro                                              II Guerra Mundial
Sessão Solene                                             Académico Fernando de Melo Gomes
Entrega do Prémio “Almirante Sarmento Rodrigues”/ 2011    10 Abril
Entrega de Diplomas a Membros Honorários                  Os meios da Estratégia e a Marinha Portuguesa. Uma
Elogio Público                                            perspectiva contemporânea
Ciclo “O Poder Naval na II Guerra Mundial”                Académico João Manuel Pires Neves
(6, 13, 20 e 27 Março)                                    17 Abril
6 Março                                                   O Imaginário e os Descobrimentos
A Guerra e o Poder Naval                                  Académico Martim Corte-Real de Albuquerque
Académico António José Barreiros Telo                     24 Abril
13 Março                                                  Almirante Ernesto de Vasconcelos (1852-1930): marinheiro,
Uma epopeia germânica: a Operação Aníbal                  geógrafo, diplomata e Secretário Perpétuo da Sociedade de
Académico Vasco Gil Soares Mantas                         Geografia de Lisboa
                                                          Académico Luís Aires-Barros

                                                                                             REVISTA DA ARMADA • FEVEREIRO 2012 11
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