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Cooperação Técnico-Militar com Cabo Verde

Projeto 5 – Unidade de Fuzileiros Navais – Formação local
Oobjetivo global deste projeto – apoiar a
consolidação da estrutura organizacio- que se ultrapassou largamente a normal relação tuações problemáticas no âmbito da proteção
nal, formativa e operativa dos Fuzileiros institucional potenciada pelo valioso património e socorro, decorrentes de acidentes graves ou
comum que é a língua portuguesa. de catástrofes com consequências para as pes-
Navais de CaboVerde – tem sido materializado soas, bens e ambiente.
Este estágio decorreu no Comando da 3.ª
com recurso a um Diretor Técnico residente e Curso de Condução Região Militar e no quartel Jaime Mota, na ci-
complementado com Assessorias Temporárias de Botes e Motores
especializadas, que se deslocam àquele país Dada a existência de um elevado número dade da Praia, entre 21 de novembro e 18 de
para ministrar formação. de militares, a prestar serviço na Seção de Bo- dezembro de 2011. Foi frequentado por 14
Durante as ações de formação ministradas tes da Companhia de Fuzileiros Navais, desem- formandos – dois do Pelotão de Abordagem,
localmente, além da transmissão de saberes penhando o cargo de Patrão de Bote mas sem dois da Polícia Militar e dez da Companhia de
estritamente militares existe ainda a Fuzileiros Navais – tendo todos obtido
preo­cupação de valorizar as capaci- aproveitamento.
dades de cada formando, incutindo- O estágio teve a duração de 100
-lhes regras e hábitos de trabalho, de horas (16 teóricas e 84 práticas) e in-
conduta e de disciplina, tornando-os cluiu formação nas áreas equipamen-
militares mais bem preparados e, so- tos, segurança, introdução à escalada,
bretudo, melhores cidadãos, para que ancoragens e amarrações, sistemas de
possam não só prestigiar as FA’s do seu desmultiplicação, montagem de apa-
país como ainda contribuir para o for- relhos e salvamentos.
talecimento do tecido socioeconómico No final do Estágio, o Diretor Téc-
onde se encontram inseridos. nico do Projeto 5 procedeu à entrega
Da parte da Marinha Portuguesa tem de um kit oferecido por Portugal, con-
havido cuidado especial em selecionar tendo o material necessário para uma
os assessores pela competência técni- Entrega de diplomas do curso de condução de botes e motores. equipa de salvamento.
ca e profissional, mas também pela
sua verticalidade de princípios e correção de a indispensável qualificação, as autoridades Manutenção de qualificações

procedimentos, na certeza de que são dignos cabo-verdianas solicitaram a Portugal a reali- No desempenho das suas funções, tanto os
representantes de Portugal e reúnem condições zação deste curso. O referido curso decorreu patrões de bote como os elementos das equi-
para encarnar uma atitude solidária, de igual no período de 19 de setembro a 7 de outubro pas de salvamento e resgate, têm à sua res-
para igual, com o objetivo de reforçar os estrei- de 2011 na praia da Gamboa, cidade da Praia, ponsabilidade a vida de terceiros, tornando-
tos laços de cooperação e amizade que unem frequentado por 15 formandos – um da Esqua- -se crítico que mantenham, através do treino,
Portugal e CaboVerde. drilha Naval, quatro do Pelotão de Abordagem as perícias alcançadas no final dos respetivos
Os assessores nomeados para ministrar as e dez da Companhia de Fuzileiros Navais – cursos. Nesta conformidade, tem vindo a ser
duas últimas ações de formação – Curso de tendo todos obtido aproveitamento. Teve a du- desenvolvido um trabalho de sensibilização
Condução de botes e Motores e Estágio de ração de 90 horas (35 teóricas e 55 práticas) e junto do Comando da 3.ª Região Militar, no
Salvamento e Resgate em Montanha – desen- incluiu formação em áreas como a navegação, sentido de garantir um plano de treino especí-
volveram um notável trabalho, patente nos montagem de botes, motores fora-de-borda de fico que permita aos militares agora formados
elevados níveis de formação e qualificação 40 HP, manobras com botes, controlo de vagas manter as qualificações obtidas. Apesar dos
atingidos pelos militares formandos locais, de e manutenção do material. constrangimentos orçamentais, tem sido feito
que resultou um significativo acréscimo para um esforço significativo para criar condições
o produto operacional das FA’s. Estágio de Salvamento logísticas que permitam desenvolver o treino

Constituem reflexo da excelência do trabalho e Resgate em Montanha e adestramento, continuado e regular, das téc-
desenvolvido e do empenho e dedicação dos Sendo o arquipélago constituído por ilhas de nicas e doutrinas apreendidas. Só assim será
assessores, as palavras de agradecimento e reco- origem vulcânica, pequenas mas bastante mon- possível garantir a prontidão operacional que
nhecimento proferidas pelas mais altas autorida- tanhosas, encontrava-se igualmente identificada se lhes exige.
des militares cabo-verdianas nas cerimónias de a necessidade de dispor de militares habilitados
encerramento daquelas ações de formação, em para apoiar as autoridades competentes em si- 

Colaboração do EMA-DIVRE

Equipa de Treino e Avaliação do CITAN treina

a guarnição do Navio-Patrulha Guardião
No âmbito da Cooperação Técnico-Mi-
litar, deslocou-se à República de Cabo dos objetivos é o apoio ao Comando da Guarda Projeto 4 – Guarda Costeira
Verde uma Assessoria Técnica Tempo- Costeira no adestramento, treino e avaliação das
guarnições dos navios, foi atribuída à Marinha a Objetivo Global – Apoiar a consolidação da
estrutura organizacional, formativa e operativa
rária da Marinha Portuguesa, de forma a propor- responsabilidade de constituir a referida equipa, da Guarda Costeira.
cionar treino ao recém-adquirido navio-patrulha tal como o planeamento e execução do plano Objetivos Específicos:
Guardião, construído na Holanda (nos estaleiros de treino. O Centro Integrado de Treino e Ava- • Apoiar tecnicamente a organização, for-
navais DAMEN), estacionado no Porto Grande liação Naval (CITAN) designou 11 elementos mação e funcionamento do Comando da
do Mindelo, Ilha de SãoVicente. do Depar­tamento de Treino e Avaliação, tendo Guarda Costeira, da Esquadrilha Naval e da
Estando definido no Projeto 4 da Coopera- o treino decorrido no período de 16 de janeiro Esquadrilha Aérea;
ção Técnico-Militar com Cabo Verde que um a 17 de fevereiro de 2012. • Apoiar o Comando no adestramento, trei-

10 AGOSTo 2012 • Revista da Armada