Page 90 - Revista da Armada
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CALM MN Mário Santos. CMG MN João Nobre Leitão. CMG MN Viriato de Gouveia Santos. CALM MN António Telmo A. C. Correira.
Metangula no Lago Niassa. Na Guiné um douras com a designação do seu proponen- cursos desertos e muitas saídas precoces.
Serviço em Bissau. te e autor: Matthioli Mateus. O quadro fica distorcido, a lotação do Hos-
Durante este período de 13 anos entravam E como é do conhecimento geral... o Hos- pital ressente-se com a volatilização de ele-
para a Marinha por ano cinco médicos no to- pital continua em obras! mentos diferenciados, baixa geral nos efec-
tal, divididos por QP e TSN. Depois de uma plétora médica vivida no tivos dos diversos serviços só parcialmente
Não obstante o esforço de Guerra consu- principio dos anos 80 do passado século, em substituídos por especialistas civis com um
midor de médicos e enfermeiros, o Hospital que o Serviço de Medicina Interna chegou a vínculo frágil e disponibilidade parcial.
mantém as valências tradicionais, havendo dispor de 1 Chefe de Serviço, 4 Assistentes Como consequência a oferta disponível
um incremento na Ortopedia, Traumatolo- e 4 internos e em que o quadro dos oficiais para reservistas, reformados e familiares
gia, Fisiatria e Neuro Psiquiatria. MNRN chegou a dispor de 23 clínicos. diminui, o que foi encarado e sentido pela
A partir dos anos 70 começaram a auto- Quando para 10 vagas apareciam três de- corporação com desagrado e críticas.
nomizar os serviços clínicos, seguindo o zenas de concorrentes, depois de em três anos Como consequência houve alguma bai-
padrão dos Hospitais xa na sua produtivi-
Civis – Cardiologia, dade, com tradução
Gastroentrologia, En- nas estatísticas. Mes-
docrinologia. Foto Revista da Armada mo assim, em termos
A Neurologia sepa- percentuais, a bai-
ra-se em definitivo da xa nos resultados foi
Psiquiatria. muito inferior á per-
Só a partir de 1975 centagem de quebra
a Marinha, por inter- verificada nas exis-
médio da Direcção do tências de efectivos
Serviço de Saúde Na- diferenciados.
val, começa a assumir A partir de 95 foi
a especialização dos a vez do pessoal téc-
Médicos Navais, que nico diferenciado do
até então se diferen- QPCM, que começou
ciavam por sua conta a sair por aposen-
e risco e graças não à tação estando sus-
Marinha, mas à com- pensas por decisão
preensão e ao horário governamental as
facilitado concedido admissões, situação
por Comandantes. que já levou ao quase
Cortes Simões co- desaparecimento de
meça a desenvolver a algumas categorias,
medicina hiperbárica com a agravante de
e a fisiologia do esfor- não haver pessoal mi-
ço. Tem continuadores litar com a mesma ha-
à altura. bilitação técnica.
A Medicina Hiper- Em 99, voltou a
bárica recebe carta de existir um sucedâneo
alforria em 1989 e re- do tal “quadro de as-
centemente foi moder- pirantes a facultativos
nizada. É Centro de navais”, com a admis-
referência e tem idonei- são de cadetes de me-
dade internacional. dicina para a Escola
A UTITA culmina Paineis de azulejos no átrio da capela. Naval.
um processo de ama- Z
durecimento e nos finais de 90 autodeter- consecutivos terem entrado para o quadro NOV 05 Rui de Abreu
mina-se, saindo do Hospital onde come- mais de metade da sua lotação de OFSALT e Nota: CALM MN
çara, no cumprimento do último Plano de quase um terço da totalidade da classe. Por opção editorial só se publicam fotos de médicos
Modernização orgânica e estrutural da Saú- Depois deste tempo de vacas gordas, navais falecidos.
de Naval que ficará para as gerações vin- chegou-se à penúria dos anos 90, com con- Fotos Arquivo Central da Marinha
16 MARÇO 2006 U REVISTA DA ARMADA