Page 92 - Revista da Armada
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O NRP “Polar” termina uma profunda
O NRP “Polar” termina uma profunda
reparação no Arsenal do Alfeite
reparação no Arsenal do Alfeite
O substituindo um manual, é considerado de
NRP “Polar” acabou um extenso do de todo o material, restando a estrutura cionado e com um molinete eléctrico que,
período de reparação, durante o e a mastreação.
Como referido, toda a estrutura estava em grande utilidade operacional. Também o
qual se realizaram trabalhos muito
significativos, incluindo a substituição de mau estado, tendo sido substituídas algu- ferro foi trocado por outro com dimensões
diversas máquinas e equipamentos. mas chapas do forro e do convés e a qua- mais adequadas ao deslocamento do na-
Construído em Roterdão em 1977, o na- se totalidade das balizas. Quando se teve vio. Os sistemas de encanamentos foram
vio foi aumentado ao todos reparados com
efectivo da Armada inúmeras substitui-
em 1983, na sequên- ções de acessórios e
cia dum acordo com de quarteladas. No
a “Windjammer für que diz respeito à se-
Hamburg” relaciona- gurança, o navio foi
do com a cedência, dotado de sensores de
a essa associação, do alagamento e de uma
navio depósito Santo bomba de esgoto au-
André (ex NRP “Sa- tomática accionada
gres”), presentemen- assim que o nível de
te atracado no porto água nos porões sobe
de Hamburgo como acima de um determi-
navio museu com o nado nível e, ainda,
nome original – “Ri- com uma nova moto-
ckmer Rickmers”. bomba de combate a
Apesar do “Polar” incêndios.
ter sido sujeito a in- Todo o aprestamen-
tervenções periódi- to interno habitacio-
cas de manutenção nal foi substituído,
e a melhorias diver- O “Polar” no Plano Inclinado no Arsenal do Alfeite. respeitando generi-
sas no seu equipa- camente o existente,
mento ao longo dos 20 anos de serviço acesso ao cavername, a concepção revelou- com alojamento para uma guarnição de 18
na Marinha, como navio de treino de mar se um tanto artesanal, tendo ficado, depois elementos, mas beneficiando de melhor ar-
vocacionado para a prática marítima dos desta reparação, conforme com a “boa prá- ranjo interno, possibilitando melhor espaço
cadetes da Escola Naval, constatou-se no tica” da construção naval. A instalação eléc- de arrumação e de circulação. Todo o mo-
início do corrente período de fabricos trica também foi totalmente renovada – qua- biliário, de primeira qualidade, foi montado
que a estrutura principal estava em esta- dros, cablagem e acessórios de iluminação com técnicas que permitirão a futura des-
do muito deficiente e a instalação eléc- e de força motriz -, tendo sido projectada e montagem de forma mais fácil, ao contrário
trica apresentava preocupantes condições executada observando as regras técnicas e do que existia que não permitia desmonta-
de segurança. de segurança aplicáveis à generalidade dos gens de acesso, sem destruição.
Sendo consensual a utilidade do navio, navios da Marinha. No referente às comunicações externas
foi considerado pelas entidades que supe- O motor propulsor auxiliar, o grupo elec- (já conformes com o GMDSS) e às ajudas
rintendem nas áreas operacional e no ma- trogéneo, o sistema de refrigeração de géne- electrónicas à navegação, além da com-
terial naval que se justificava realizar uma ros e o fogão foram substituídos por novas pleta e profunda revisão dos equipamen-
profunda intervenção, que acabou por con- unidades. O navio foi ainda apetrechado tos existentes, todos eles de geração actual,
figurar uma reconstrução, já que foi estripa- com uma pequena unidade de ar condi- introduziu-se uma nova agulha magnética
Vista da estação de pilotagem. Compartimento do motor.
18 MARÇO 2006 U REVISTA DA ARMADA