Page 12 - Revista da Armada
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ORGANIZAÇÃO E COORDENAÇÃO através das assessorias residentes e temporá- Navegação, de Cálculos Náuticos, de Mari-
rias, a Marinha apoiou localmente a forma- nharia e de Sistemas e Equipamentos de Na-
DA CTM NA MARINHA ção de 2299 militares, a saber: vios aos cadetes navais angolanos.
Sob a responsabilidade do Vice-almirante Cabo-Verde – Projeto n.º 4:Apoio à Guarda-
Vice-Chefe do Estado-Maior da Armada6, as -costeira e Projeto n.º 5: Apoio aos Fuzileiros
ações de CTM desenvolvidas pela Marinha são Apoio à formação de militares7 O projeto n.º 4 contempla o apoio técnico à
apoiadas pelo Estado-Maior da Armada (EMA) Angola Cabo-Verde Guiné-Bissau Guarda-costeira, e o projeto n.º 5, o apoio aos
e pelos Órgãos Centrais de Administração e Fuzileiros Navais, ambos na Cidade da Praia
Direção, Comando Naval, Direção-Geral de 654 167 0 e no Mindelo. Este apoio é materializado em
Autoridade Marítima, Instituto Hidrográfico, Moçambique São Tomé e Timor-Leste permanência por dois oficiais. Em 2011, e para
Escola Naval e Comissão Cultural de Marinha. além do apoio dedicado das assessorias técnicas
1271 Príncipe 117 residentes destes dois projetos, releva-se o apoio
Ao EMA incumbe coordenar e controlar, 90
interna e externamente, a progra- prestado a Cabo-Verde através da
mação de atividades e recursos, projeção de três assessorias tempo-
articulando, ao nível estratégico, rárias da Marinha, com o apoio do
o relacionamento da Marinha com Comando Naval, nomeadamente:
a DGPDN e os órgãos congéneres • a instalação do Sistema de
das marinhas parceiras. Aos Ór- Apoio à Decisão na Atividade
gãos Centrais de Administração e de Patrulha –Versão Cooperação
Direção, Comando Naval, Direção (SADAP-C) e respetiva formação
Geral de Autoridade Marítima, Ins- de operadores deste sistema;
tituto Hidrográfico, Escola Naval e • um estágio de técnicas de
Comissão Cultural de Marinha in- salvamento e resgate de monta-
cumbe a planificação e o apoio à nha, no intuito de apoiar a edi-
execução das actividades, no âm- ficação desta capacidade militar
bito das respetivas áreas técnicas. com aplicação a atividades de
Em particular, ao Comando Naval proteção e salvamento civil;
compete coordenar e apoiar todos • um curso de aperfeiçoamen-
os órgãos da Marinha, relativamen- to em botes e motores para fuzi-
te às tarefas de aprontamento dos leiros navais.
cooperantes, de forças e meios em- Cabo-Verde – Desembarque anfíbio. Durante o ano de 2012, e pela
pregues nesse âmbito. Presentemente, no âmbito dos PQ em primeira vez, a Marinha projetou onze mili-
No âmbito do paradigma estrutural, que vigor, a Marinha participa nos seguintes tares do Departamento de Treino e Avaliação
procura a racionalização de tarefas, a coor- projetos CTM: do CITAN que durante um mês, e em três fases
denação do emprego de meios e a articula- Angola – Projeto n.º 8: Apoio à Marinha distintas, auxiliaram o treino e o adestramento
ção interdepartamental, procedeu-se, no âm- de Guerra de Angola da guarnição do novo patrulha cabo-verdiano
bito da reestruturação do EMA, em janeiro de Este projeto contempla o apoio técnico: “Guardião”.
2010, à extinção do Gabinete para a Coopera- ao Estado-Maior da Marinha e à Academia Moçambique – Projeto n.º 2: Apoio à Ma-
ção, transferindo e integrando as suas funções Naval, em Luanda; aos Fuzileiros Navais, no rinha de Guerra de Moçambique
e responsabilidades na atual Divi- Este projeto contempla o apoio
são de Relações Externas do EMA. técnico: ao Estado-Maior da Ma-
Perante um novo quadro de rinha, em Maputo; aos Fuzileiros
cooperação que exige a conju- Navais, na Machava; e ao Grupo de
gação, de forma consistente e Escolas de Formação, em Maputo.
coerente, dos objetivos e priori- Este apoio é materializado em per-
dades da CTM com outros temas manência por três oficiais, três sar-
da agenda internacional de se- gentos e uma praça. A projeção de
gurança e defesa, das organiza- três assessorias temporárias, nomea
ções de que o país é membro, a damente, um curso de serralheiro
reorganização funcional da CTM mecânico e uma assessoria técnica
foi fundamental para a eficácia às escolas de limitação de avarias e
do esforço integrado de coope- escola de eletricidade, ministrados
ração e para a credibilidade da por assessores da Escola de Tecno-
ação da Marinha como parceiro logias Navais, e o curso dedicado à
internacional. Organização e Funcionamento de
um Centro de Operações Navais e
Segurança Marítima realizado por
OS PROJETOS REALIZADOS Exercício Hércules durante o 19º Curso de Formação de FZ's em Cabo-Verde. dois oficiais do Comando Naval –
PELA MARINHA
Ambriz; e ao Grupo de Escolas de Especialis- COMAR, constituíram as principais ações locais
Em consonância com os objetivos específi- tas Navais, no Lobito. Este apoio é materiali- em 2011. Recentemente, a assessoria residente
cos delineados para os projetos da Marinha, zado em permanência por sete oficiais e um apoiou a elaboração do Regulamento Interno
os assessores residentes desenvolvem uma sargento. Considera-se o arranque do 1º ano da Marinha que se crê vir a ser um marco para
intensa atividade no âmbito da formação lo- da Academia Naval Angolana, em julho de a organização interna da Marinha deste país.
cal, visando apoiar a constituição, consoli- 2011, como um marco muito importante da São Tomé e Príncipe – Projeto n.º 4: Apoio
dação e autonomização das Forças Armadas CTM da Marinha uma vez esta ser a primei- à Guarda costeira e Serviço de Navegação e
parceiras. O esforço na componente do en- ra academia naval de um estado parceiro de assinalamento Marítimo
sino e da formação é uma dimensão impor- CTM. Devemos realçar, ainda neste âmbito, Este projeto contempla o apoio técnico à
tante dos projetos executados pela Marinha o apoio que três assessores prestaram naque- Guarda costeira santomense, é dirigido em
Portuguesa. A título de exemplo, em 2011, la academia ao ministrarem as disciplinas de permanência por um oficial e está sediado em
12 JULHO 2012 • REVISTA DA ARMADA