Page 10 - Revista da Armada
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REVISTA DA ARMADA | 501

  Os levantamentos correntométricos no canal do Faial serviram       A descolagem dos UAV foi efetuada a partir da popa e a aterra-
para caracterizar as condições hidro-oceanográficas, que permi-      gem pelo través. Os necessários procedimentos de coordenação
tiram apoiar os equipamentos autónomos do CMRE.                      com o navio foram refinados de modo a reduzir o impacto nas
                                                                     outras tarefas em curso, realizando descolagens e aterragens
  No dia 8 iniciou-se o estabelecimento dos equipamentos do          com diversas orientações de vento.
CMRE para implementar a rede de comunicações na área de
exercício.                                                             A FEUP utilizou AUV da classe Xplore para recolha de dados
                                                                     na coluna de água, registando dados hidro-oceanográficos reco-
  Durante a manhã de 10 de julho, o Secretário Regional do Mar,      lhidos dos vários sensores acoplados (CTD, LISST-HOLO e fluoró-
Ciência e Tecnologia, Dr. Fausto Brito e Abreu, acompanhado pelo     metros).
Inspetor Regional das Pescas, Dr. Rogério Ribeiro Ferraz, foi rece-
bido a bordo pelo Comandante de Zona Marítima, CALM Coelho             Estes equipamentos foram projetados e recolhidos em pe-
Cândido.                                                             ríodos aproximados de 4 horas e percorreram uma média de 4
                                                                     km por missão, caracterizando os parâmetros oceanográficos da
  No seguimento da colaboração que tem vindo a ser desenvol-         área de exercício.
vida entre o IH e a UAVision foram efetuados com sucesso vários
testes a bordo com um Drone da classe Spyro, constituindo um           Após as operações dos AUV e UAV e durante todo o período
importante avanço na preparação das futuras operações embar-         noturno, a equipa do IH realizou a cobertura de 42 estações de
cadas. Destacam-se:                                                  CTD/Lowered Acoustic Doppler Current Profiler (LADCP) no do-
                                                                     mínio definido para a Fase II do exercício, visando, após proces-
  • Missão de localização e identificação de equipamentos cien-      samento dos dados, a sua utilização no modelo de previsão ope-
tíficos (Wave Gliders e Boias) do CMRE mediante últimas coorde-

nadas recebidas, realizada em modo automático e possibilitando       racional. Este modelo, Harvard Ocean Prediction System (HOPS),
testar os procedimentos de descolagem/aterragem automática           tem a capacidade de simular uma caracterização oceanográfica
no navio.                                                            de uma área de exercício. Foi utilizado o CTD Neil Brown que,
                                                                     para além dos sensores temperatura, pressão e condutividade,
  • Missão de seguimento automático de embarcação. O dro-            tem também acoplado sensores de turbidez e clorofila.
ne efetuou o seguimento com sucesso, permitindo identificar os
ocupantes da lancha utilizando eletróticos visíveis e térmicos.        No dia 20 de julho, atracado no porto da Horta, realizou-se
                                                                     a bordo o VIP DAY reunindo todas as equipas envolvidas no
Fase 2 – 13/19 de julho                                              REP15 e realizando um debriefing das atividades desenvolvidas
                                                                     durante o exercício. Foram ainda exibidos às entidades convida-
  Decorreu, a partir do navio, no banco de São Mateus, com a fi-     das os sistemas e equipamentos utilizados no REP15. Estiveram
nalidade de realizar seguimento de cetáceos, com recurso a UAV       presentes o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia e
e AUV, e a caracterização das condições ambientais das suas áre-     o Presidente da Câmara da Horta, Humberto Manuel Goulart,
as de alimentação, feita através de AUV e CDT.                       entre outros, que foram recebidos pelo ALM Comandante de
                                                                     Zona Marítima.
  Nesta segunda fase do exercício foi restabelecida a rede de
comunicações do CMRE, para o que foram colocados diversos            Conclusões
equipamentos na água. Esta rede foi focada na integração das
soluções de comunicação subaquáticas do CMRE com os veículos           Todos os parceiros envolvidos salientaram o profissionalismo
da FEUP. Isto permitirá, no futuro, lançar veículos das duas insti-  e o excelente nível de cooperação com a guarnição do navio e
tuições em operação integrada.                                       ficaram amplamente satisfeitos com o trabalho realizado a bordo
                                                                     durante toda a missão.
  A equipa da FEUP testou um UAV de asa fixa, operações rea-
lizadas em articulação com a torre de controlo do aeroporto da                 Colaboração do COMANDO DO NRP ALMIRANTE GAGO COUTINHO
Horta. Em paralelo, aprontaram-se os UAV da NTNU para voo,
tendo em vista a especificidade da operação a partir do navio.

10 NOVEMBRO 2015
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