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REVISTA DA ARMADA | 539


          OPERAÇÃO CORYMBE 2018





          Uma Força de Fuzileiros (FFZ COR) participou na Operação CORYMBE 143 no Golfo da Guiné (GdG), no período de 10 de setembro a
          24 de novembro do ano transato, a bordo do navio francês FS Mistral (LHD) , um dos três navios de comando e projeção (Batiment de
                                                                   1
          Projection et Commandement) ao serviço da Marinha Nacional Francesa.


             Operação CORYMBE da Marinha
         A  Nacional Francesa tem como obje-
          tivo garantir uma presença permanente,
          através  de  uma  força  militar  naval,  na
          área do GdG e na costa da África Oci-
          dental, de modo a preservar os interes-
          ses franceses naquela região. Este dis-
          positivo naval é ainda complementado
          por uma componente terrestre, com a
          presença de forças e bases do exército
          francês no Gabão e no Senegal. As prin-
          cipais tarefas atribuídas a esta operação
          são  o  pré-posicionamento  de  navios
          para resposta a eventuais operações de
          evacuação de não combatentes (NEO),
          treino  conjunto  com  os  militares  fran-
          ceses presentes no Gabão e Senegal e
          a  salvaguarda  da  segurança  marítima.
          Para além da componente estritamente                                                                   Foto Aurélie Pugnet
          militar já referida, esta operação possui
          uma  forte  componente  diplomática,
          através  da  organização  de  reuniões  a
          bordo dos navios participantes na operação, formação, manobras   organizada em elemento comando (01-01-01/03), elemento de pro-
          e treinos conjuntos com as marinhas dos países do GdG, desen-  teção de força/manobra (01-03-17/21), elemento de projeção anfí-
          volvendo igualmente atividades junto das populações locais, refor-  bia (01-00-06/07) e elemento de abordagem (00-01-04/05).
          çando positivamente a imagem francesa na região.     O aprontamento da Força foi orientado para processos técnico-
           A participação da FFZ COR, contextualizada no recente acordo   -táticos, administrativos, logísticos e sanitários. O objetivo deste,
          técnico assinado entre a Marinha Portuguesa e a Marinha Nacio-  para além de cumprir com os requisitos obrigatórios à tipologia
          nal Francesa, teve como finalidade estreitar e fortalecer a relação   da missão, dotou também os militares participantes na missão de
          entre estas duas marinhas, no que concerne ao embarque de For-  formação específica nas áreas da língua francesa, cursos na área
          ças de Fuzileiros, participando em ações combinadas no domínio   da defesa pessoal e socorrismo.
          da segurança marítima na zona do GdG.                Após a projeção aérea por voo comercial, a FFZ COR embarcou
           A FFZ COR, comandada pelo 2TEN FZ RC Massano Morais, foi gerada   em Toulon (França) no dia 13 de setembro.
          a partir do Batalhão de Fuzileiros N.º 1, constituída por 36 Fuzileiros,   A FFZ COR desenvolveu a sua atividade em conjunto com o des-
                                                                             tacamento de Fusiliers Marins (FM), a força
                                                                             congénere  francesa,  que  tem  como  missão
                                                                             garantir a proteção e defesa das instalações
                                                                             navais em terra da responsabilidade da Mari-
                                                                             nha  Francesa,  assim  como  dos  seus  navios
                                                                             quando atracados ou a navegar, para além de
                                                                             participar em operações terrestres a partir do
                                                                             mar. Quando embarcados os FM possuem a
                                                                             capacidade de efetuar operações de desem-
                                                                             barque anfíbio, participam no ship protection
                                                                             e realizam ações de abordagem. Encontram-
                                                                             -se organizados em três equipas de sete ele-
                                                                             mentos, sendo cada equipa chefiada por um
                                                                             sargento. A Força de FM é comandada por um
                                                                             oficial  subalterno.  De  realçar,  que  uma  das
                                                                             equipas possui capacidade cinotécnica, com
         Foto Loïc Bernardin                                                 que são empregues no ship protection (cães
                                                                             cães  de  guerra  e  de  deteção  de  explosivos,

                                                                             de deteção de explosivos) e ações de aborda-
                                                                             gem (cães de guerra).


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