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REVISTA DA ARMADA | 549

                                                                nigerianos; tempo ain-  o NRP Zaire, na invesƟ gação de um possível
                                                                da para algumas visitas   ataque pirata ocorrido na ZEE de São Tomé
                                                                culturais à cidade de   e Príncipe.
                                                                Lagos, com escolta da   Depois de fundear, foi desembarcado di-
                                                                Marinha Nigeriana.  verso material de ajuda humanitária e de
                                                                 Já no mar, decorre-  apoio ao NRP Zaire. Foram ainda efetuadas
                                                                ram exercícios, previa-  diversas aƟ vidades, nomeadamente: um
                                                                mente planeados, com   exercício de abordagem entre a Guarda Cos-
                                                                os NNS  Nguru, NNS   teira de São Tomé e uma das equipas de FZ’s
                                                                Ekulu e com Forças Es-  embarcados; operações de mergulho para
                                                                peciais da Marinha Ni-  vistoria das obras vivas do Zaire e da boia de
                                                                geriana (Nigerian Navy   amarração que habitualmente uƟ liza; almo-
                                                                Special Boat Service). A   ço protocolar a bordo; apoio na reparação
                                                                segurança maríƟ ma foi   de equipamentos do NRP Zaire; apoio mé-
               CMG Campos com MNE do Togo.                      o leitmoƟ f – forças es-  dico junto da população da roça Água Izé;
                                                                peciais nigerianas rea-  e o apoio e parƟ cipação numa Conferência
              Guarda Costeira, onde pôde constatar as   lizaram ações de abordagem e vistoria ao   sobre Segurança MaríƟ ma.
              capacidades de monitorização e  fi scaliza-  NRP Sines e uma equipa de FZ´s abordou
              ção de todo o espaço maríƟ mo sob alçada   o navio nigeriano Nguru, com as duas uni-  ANGOLA
              de Cabo Verde.                     dades navais simulando navios mercantes
               No âmbito da cooperação médico-sanitá-  suspeitos de transportar mercadorias ilíci-  Depois da curta passagem por São Tomé, o
              ria, o médico de bordo realizou consultas   tas. Foi também realizado um conjunto de   navio rumou a Angola onde, no dia 12 de no-
              médicas à população local no Centro de   manobras entre os três navios, para treino   vembro, iniciou mais um ciclo de aƟ vidades
              Saúde Tira Chapéu. O navio esteve aberto   de procedimentos de comunicações e perí-  de cooperação no domínio da defesa. Pai-
              a visitas, oportunidade aproveitada pelos   cias das respeƟ vas equipas de navegação.  rando ao largo do Ambriz, o navio recebeu
              alunos mais novos da Escola Portuguesa de                             o Grupo Especial de Fuzileiros da Marinha
              Cabo Verde e do Colégio Português.  TOGO E S. TOMÉ                    de Guerra Angolana (MGA), que treinaram
               Após a largada da Praia, o NRP Sines par-                            com os FZ´s embarcados e permaneceram
              Ɵ cipou num exercício de operações anİ bias   O NRP Sines conƟ nuou a fazer história ao   no navio até Luanda. Em simultâneo, o na-
              com uma companhia de 29 fuzileiros de   atracar em Lomé, no Togo, por não haver   vio efetuou um exercício de Conhecimento
              Cabo Verde. O desembarque foi efetuado na   memória recente de um navio de guerra   Situacional MaríƟ mo com o Centro de Coor-
              praia de São Francisco, na ilha de SanƟ ago,   português visitar este país. O navio rece-  denação MaríƟ mo da MGA.
              consƟ tuindo uma excelente oportunidade   beu a importante visita do Ministro dos   Após atracar no porto de Luanda, foram
              de treino para os militares dos dois países.  Negócios Estrangeiros, da Cooperação e   realizados os habituais cumprimentos pro-
                                                 Integração Africana, do Togo, Professor Ro-  tocolares. Foram recebidas a bordo várias
              NIGÉRIA                            bert Dussey, que demonstrou uma enorme   visitas e oferecido um almoço protocolar e,
                                                 alegria em ter um navio português a visitar   ainda, uma receção, que contou com a pre-
               O primeiro país visitado na zona do GoG   o seu país e expressou a vontade de que   sença de diversas altas enƟ dades da MGA.
              foi a Nigéria, numa área de forte insegu-  fosse o primeiro de muitos passos numa re-  Pela sua importância para o comércio
              rança maríƟ ma. Os FZ’s embarcados imple-  lação estreita com Portugal. Foram também   mundial e para a estabilidade da região, de
              mentaram as devidas medidas de seguran-  apresentados os habituais cumprimentos   relevar a parƟ cipação no Seminário Interna-
              ça e estados de alerta.            protocolares às autoridades civis e militares   cional sobre Segurança MaríƟ ma no GoG,
               O NRP Sines atracou em Lagos no dia 1   locais, recebidos com grande entusiasmo e   presidido pelo MDN de Angola, com presen-
              de novembro, sendo recebido, no cais,   simpaƟ a.                     ça de vários ofi ciais generais, incluindo os
              pela Banda de Música da Marinha Nigeria-  O navio largou dia 6 de novembro rumo à   Comandantes do Exército e da Marinha. De
              na e pelos Comodoros Jaiyeola e Izu, Fleet   Baía de Ana Chaves, em São Tomé. Durante   Portugal parƟ ciparam como palestrantes o
              Command West e Command OperaƟ ons Of-  o trânsito foi empenhado, juntamente com   Diretor-Geral de PolíƟ ca de Defesa Nacional,
              fi cer West, respeƟ vamente. Foram apresen-
              tados cumprimentos, seguidos de um almo-
              ço protocolar a bordo, reforçando os laços
              de amizade entre a Marinha Portuguesa e
              a Marinha Nigeriana. Foi notória a preocu-
              pação por parte da Marinha Nigeriana para
              com a segurança do navio durante a estadia.
               Por iniciaƟ va do Embaixador de Portugal
              em Abuja, Dr. Luís Barros, realizou-se um
              convívio a bordo com a comunidade por-
              tuguesa residente em Lagos, ao pôr do sol,
              oportunidade para assisƟ rem à cerimónia
              do arriar da Bandeira Nacional ao som do
              Hino Nacional.
               Elementos da guarnição parƟ ciparam num
              encontro de voleibol na Academia Naval
              Nigeriana, tendo por opositores militares   DGPDN e VALM COMNAV em Luanda.


              10   MARÇO 2020
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