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REVISTA DA ARMADA | 560

               Devido ao contexto atual de pandemia, no ano leƟ vo  de   ter leƟ vo, formaƟ vo, de invesƟ gação e inovação; podem ainda
              2019/2020 as mobilidades foram interrompidas no segundo   visar a elaboração do conteúdo de unidades curriculares ou a
              semestre, forçando o regresso antecipado a Portugal, a meio do   elaboração e planeamento do Semestre Internacional Naval, diri-
              semestre, dos dois cadetes que se encontravam em Brest. Ainda   gido aos docentes e invesƟ gadores.
              assim, a EN recebeu, durante o primeiro semestre do ano leƟ vo   Inicialmente apenas era contemplada anualmente uma mobili-
              de 2020/2021, o cadete Romain Galas da Marinha f rancesa. As   dade deste Ɵ po; porém nos úlƟ mos dois anos tem havido fi nan-
              aƟ vidades de seleção dos cadetes da EN para mobilidade e a res-  ciamento ERASMUS para mais de uma mobilidade.
              peƟ va preparação foram suspensas no ano leƟ vo em curso.   Neste âmbito ocorreram já, na École Navale: modalidades de
                                                                  staff  training, com o objeƟ vo de melhorar a qualidade e apoio
              MOBILIDADE DE DOCENTES                              aos alunos em mobilidade, discuƟ ndo conteúdos académicos; e
              E INVESTIGADORES (STAFF)                            a apresentação de palestras de História. UlƟ ma-se a viabilização,
                                                                  numa segunda fase da: realização de teses de mestrado através
               Os programas de mobilidade proporcionam outras oportunida-  de intercâmbio e em coordenação com os dois centros de inves-
              des, tais como a parƟ cipação numa variedade de ações de cará-  Ɵ gação envolvidos, o IRENAV e o Centro de InvesƟ gação Naval
                                                                  (CINAV) da Marinha; e a potencial permuta de docentes.

               TESTEMUNHOS DE CADETES QUE FREQUENTARAM
               O 2 º SEMESTRE NA ÉCOLE NAVALE                     NOTAS FINAIS SOBRE O PROGRAMA ERASMUS
                                                                    CompromeƟ da com uma formação abrangente dos ofi ciais da
               «O primeiro desafi o com que nos deparámos foi a barreira da
               língua estrangeira. No entanto conseguimos superar este obstá-  Marinha, a EN sublinha a importância de ser oferecida, aos seus
               culo com esforço e dedicação, sobretudo com o apoio dos cama-  docentes e alunos, a possibilidade de conhecerem realidades de
               radas franceses. O facto de estarmos num outro país cria-nos a   outras Marinhas e de parceiros internacionais.
               necessidade de aprender, pelo que os progressos são maiores».  Nesse trilho, o programa de intercâmbio ERASMUS representa
                                                                  uma oportunidade de aprendizagem e de parƟ lha de conheci-
               «Após um semestre na École Navale, o balanço que fazemos é   mentos, cimentando, nos cadetes e staff , portugueses e estran-
               posi  vo a vários níveis, sejam eles pessoal, cultural ou acadé-  geiros, sólidas bases de aprendizagem, numa perspeƟ va  de
               mico. Neste período fi cámos a conhecer o modo como funciona   mútuo interesse e valorização.
               a École Navale, a sua história e tradições, e também as pes-  Para além do intercâmbio com Annapolis e Brest, a EN estabe-
               soas que a cons  tuem, sejam elas ofi ciais, sargentos ou praças.   leceu também recentemente protocolos ERASMUS com a Akade-
               Focando neste úl  mo tópico (as relações pessoais), só temos   mia Marynarki Wojennej (Escola Naval polaca), a Szkoła Główna
               a ganhar, pois levamos connosco amizades que nunca iriam   Handlowa – Warsaw School of Economics na Polónia e a Ordu
               acontecer, não fosse esta experiência. O intercâmbio de cadetes   Üniversitesi na Turquia, prevendo programas de mobilidade de
               possibilita um desenvolvimento bilateral em que todos fi camos   alunos e de staff  (que podem ser não-recíprocas).
               a ganhar, pois há uma troca de conhecimentos que fomentam o
               crescimento de ambas as Escolas. Este desenvolvimento baseia-  A EN está num rumo estável de internacionalização, conso-
               -se nas diferenças entre cada ins  tuição podendo recolher o que   lidando o seu papel como estabelecimento de ensino superior
               há de melhor em cada uma deixando para trás aquilo que têm   de referência, parceira indispensável no ensino, na invesƟ gação,
               de pior. Gostaríamos de agradecer à Escola Naval pela oportu-  no desenvolvimento e na inovação em áreas relacionadas com
               nidade proporcionada. Que estes intercâmbios não se percam,   o mar.
               pois são uma mais valia para todos».
                                                                                                Colaboração da ESCOLA NAVAL

                                                                                                                   DR




























               École Navale na “Rade” de Brest.



                                                                                                        MARÇO 2021  25
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