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REVISTA DA ARMADA | 572



































                       Figura 5 – Estrutura de gestão da Ação “Operational Response and Management of the Rule of Law at Sea”



             formação e treino no terreno; e (v) a seleção dos formandos   em cenários difíceis e sensíveis e para interagirem com os
             habilitados. O MdE deverá ser suficientemente flexível para   seus pares nos países parceiros.
             permitir  incorporar  as  particularidades  de  cada  país,  sem   Até  à  data,  o  trabalho  dos  elementos  da  UIC  tem-se  focado
             prejuízo dos restantes.                          apenas  nas  duas  primeiras  atividades,  em  permanente
           b) Aquisição e entrega das 30 embarcações semirrígidas e do   colaboração com o Camões, I.P., a Marinha, a AMN e a DGPDN:
             material forense, através de concurso público internacional.   – Foi desenvolvida uma proposta de MdE, já remetida à CEDEAO
             Esta atividade inclui a definição do número de embarcações   e à DUE.
             a atribuir a cada Estado, decisão que cabe ao SC.  –  Foi  preparada,  lançada,  e  analisados  os  resultados,  uma
           c) Ministrar formação e treino em três áreas: (i) operação e   consulta  preliminar  para  a  aquisição  das  embarcações,  para
             manutenção das embarcações; (ii) fiscalização da pesca; e   avaliar a resposta do mercado.
             (iii) manuseamento do equipamento forense. Esta atividade   –  Está  em  fase  final  de  preparação  o  conjunto  de  peças
             é composta por três fases:                       processuais  e  documentação  para  o  lançamento  do  concurso
             1.ª – A avaliação de necessidades – a efetuar por equipas   público internacional.
             de  formadores  da  Marinha  e  da  AMN,  que  se  deslocarão   – Têm sido efetuadas reuniões com várias entidades, nacionais
             aos  países  beneficiários  para  esse  fim.  Permitirá  adquirir   e estrangeiras, e asseguradas as participações no TCC e SC.
             o  conhecimento  das  fragilidades  e  potencialidades  nas   –  Foram  concretizadas  deslocações  do  Coordenador-geral  e
             matérias a abordar, de modo a, se necessário, flexibilizar e   do  Oficial  de  Ligação  aos  Estados  beneficiários  para  divulgar
             ajustar a formação e o treino em conformidade. Possibilitará   o  projeto,  estabelecer  contacto  com  as  entidades  locais  e
             também  assegurar  que  serão  criadas  localmente  as   identificar  necessidades  e  oportunidades  que  permitam  a
             condições adequadas para o desenvolvimento posterior da
             atividade formativa.                             melhor implementação da Ação em cada país. Em 2021 foram
             2.ª  –  Formação  em  Portugal  de  três  formandos  de  cada   visitados o Gana, Cabo Verde, Guiné-Bissau e a Costa do Marfim
             Estado, 36 no total. Estes elementos receberão três meses de   (participação na Reunião do Subcomité da CEDEAO dos Chefes
             formação, incluindo um módulo de formação de formadores,   das  Marinhas  e  das  Guardas-Costeiras).  A  deslocação  a  Dakar,
             e integrarão posteriormente a terceira fase. Toda a formação   Senegal,  foi  cancelada  devido  à  pandemia,  mas  foi  possível
             será ministrada nas três línguas oficiais da CEDEAO – francês,   realizar  um  webinar  no  âmbito  das  Dakar Ocean Talks  com  o
                                                                                                20
             inglês e português – o que constituirá um desafio adicional   inestimável apoio da Embaixada de Portugal .
             para as estruturas formativas da Marinha e da AMN.  –  Foi  acompanhada  (por  um  elemento  da  UIC),  no  Benim,
             3.ª – Replicação da formação e treino nos respetivos países,   a  realização  de  um  exercício  multinacional  da  CEDEAO,  sob
             juntamente, e com a supervisão, de equipas de formadores   coordenação  do  Multinational  Maritime  Coordination  Center
             portugueses.                                     (MMCC) sedeado em Cotonou.
           d)  Execução de um exercício naval  na  região  do  GdG,  a   Para  o  corrente  ano  estão  planeadas  visitas  aos  restantes
             desenvolver pela Marinha e AMN no final da implementação   países,  procurando  coordená-las,  quando  possível,  com  a
             da  Ação,  com  a  participação  de  um  meio  naval.  Pretende   presença do navio que estiver a realizar a Iniciativa Mar Aberto e
             colocar em prática os conhecimentos e valências adquiridas   PMC, projetando assim de forma mais abrangente e consistente
             pelas equipas formadas e treinadas no âmbito do projeto,   a  participação  ativa  de  Portugal  nas  ações  de  promoção  da
             confirmando que ficam preparadas para o seu envolvimento   segurança marítima no GdG.


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