Page 348 - Revista da Armada
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TOMADA DE POSSE
DO DIRECTOR DO IH
¬ÊEm 27SET04 teve lugar, na Casa da Balança, a ce- O VALM Carlos Alberto Viegas Filipe nasceu em Faro em 1946,
rimónia de tomada de posse do novo Director-Geral cidade onde viveu e estudou durante a sua juventude. Concluiu o
do Instituto Hidrográfico, VALM Viegas Filipe, que foi curso de Marinha da Escola Naval em 1968, especializando-se em
presidida pelo CEMA, ALM Vidal Abreu, que conde- Artilharia. Prestou serviço a bordo de diversos navios da Armada
e foi comandante do NRP “Cunene” e NRP “João Roby”.
corou com a Medalha de Serviços Distintos – Ouro, o
De entre as várias funções desempenhadas em terra, salien-
anterior Director VALM Silva Cardoso. Estiveram pre- tam-se as de Director da Escola de Informações de Combate, Co-
sentes altas entidades da Marinha, oficiais, sargentos, mandante do Grupo N.º 1 de Escolas da Armada, Chefe da Di-
praças, pessoal civil e diversos representantes de de- visão de Planeamento do Estado-Maior da Armada, e, já com o
posto de CALM, foi Subchefe do Estado-Maior da Armada. Foi
partamentos governamentais, organismos científicos
adjunto no Gabinete responsável pelo levantamento do projecto
e Universidades. das fragatas da classe Vasco da Gama, assessor do Governador
Das palavras proferidas pelo VALM Viegas Filipe de Macau, para a área de segurança, e professor no Instituto Su-
é de salientar: perior Naval de Guerra, na área de operações. No Estado-Maior
da Armada prestou serviço nas Divisões de Pessoal, Organiza-
“Esta diversidade de pólos de interesse que importa acau-
ção e Operações.
telar de forma harmoniosa como garantia do sucesso da ins- Possui os cursos Geral Naval de Guerra, Superior Naval de
tituição e do cumprimento da missão da Marinha, deve ser compaginada num quadro Guerra, e o Naval Staff College, no Naval War College (Newport, Rhode Island, USA)
normativo moderno e coerente que garanta o reconhecimento do IH na dimensão global Desde 20JUN02 é Comandante da EN e foi promovido a VALM em MAI04.
Da sua folha de serviço constam diversos louvores e condecorações, de que se destacam
da sua projecção como centro de investigação científica e tecnológica, sob pena de a médio
quatro medalhas de serviços distintos (grau prata), duas medalhas de Mérito Militar, Meda-
prazo, sermos confrontados com dificuldades inultrapassáveis na gestão da instituição, lha de Ouro de Comportamento Exemplar, e duas medalhas comemorativas de campanhas
nomeadamente no que respeita à aquisição de recursos humanos qualificados e motiva- no Ultramar e Macau.
dos e às necessidades de sustentação financeira associadas à crescente competitividade
que se verifica neste domínio. - Operacionalizar um navio que está parado há tempo de mais, e que se torna vital
Pugnar pela publicação de um quadro normativo – Lei Orgânica – para o IH que para a concretização do projecto da Plataforma Continental, é um desejo, mas também
reflicta juridicamente a complexidade funcional e vocacional da instituição, será um uma obrigação.
dos nossos desafios principais como medida cautelar de um futuro que se pretende aus- - É necessário criar estruturas de apoio ao projecto da Plataforma Continental.
picioso para o IH.” - O projecto da Plataforma Continental está assumido como um projecto de interes-
A cerimónia encerrou com as palavras do ALM Vidal Abreu de que é se nacional, e que extravasa claramente as responsabilidades da Marinha. No entanto,
de referir: a Marinha, pela sua experiência, e por dispor dos meios para tal – os navios, terá que
“O IH representa a componente melhor estruturada da investigação científica da obrigatoriamente estar envolvida.
Marinha. Constitui-se, assim, como uma instituição credível e indispensável na com- - O projecto tem a sua conclusão condicionada por limites temporais e, por isso, exigirá
ponente da investigação do mar em Portugal. Faz, por isso, todo o sentido ser parte in- esforço significativo em pessoal disponível e experimentado, que é necessário acautelar.
tegrante da estratégia nacional que se vier a assumir para o mar, decorrente das reco- - É necessário manter os padrões de qualidade a que o IH nos habituou
mendações expressas no notável trabalho da Comissão Estratégica dos Oceanos. O IH, - Devem ser prosseguidos os programas de formação académica e valorização profis-
e por maioria de razão toda a Marinha, está disponível e pronta para participar nesse sional, a todos os níveis, mantendo um núcleo de massa crítica qualificada à instituição,
grande desígnio nacional. e neste domínio, atender ao necessário equilíbrio entre as valências civis e militares.
Preservando a sua essência militar, o IH soube manter e tem mantido, uma ligação - Devem ser estimuladas as ligações às universidades e aos Laboratórios de Estado,
exemplar à comunidade científica do País: partilha os seus meios e as suas valências, sejam ou não nacionais, procurando neles parcerias em projectos e soluções para cati-
associa-se em projectos conjuntos, acolhe equipas científicas externas e preserva inter- var pessoal qualificado, capazes de criar sinergias internas que representem mais valias
namente um relacionamento exemplar entre militares e civis a trabalharem para o de- nos trabalhos produzidos.
senvolvimento do país, em súmula: a servir Portugal”. - Deve ser dada particular atenção à carreira de investigação, característica determi-
E mais adiante disse: nante de um Laboratório de Estado.
- “É determinante o aprontamento do Navio “Alm. Gago Coutinho”. - Deve ser mantido o nível de qualidade tecnológica que as instituições ligadas às
- A experiência recolhida da reconversão do “D. Carlos I” será uma mais valia nes- ciências do mar exigem, através de programas sustentados de modernização e reequi-
te objectivo. pamento científico.”
ENTREGA DE COMANDO
COMANDANTE DA BASE NAVAL DE LISBOA
¬ÊPresidida pelo VALM Comandante Naval O CMG José Mateus Ferreira nasceu em Estreito, Oleiros, e foi admitido à
realizou-se no passado dia 24SET a cerimó- Escola Naval e promovido a G/M em 1977.
nia de entrega de Comando da Base Naval Exerceu as funções de Imediato do navio patrulha “ZAMBEZE” e após se
de Lisboa. ter especializado em Artilharia em 1980 embarcou na corveta “AFONSO CER-
Para além do CALM Director de Abasteci- QUEIRA” como Chefe do Serviço de Artilharia.
Após ter desempenhado funções de instrutor na Escola de Informações em
mento e Comandante da Flotilha, estiveram Combate durante cerca de 2 anos, exerceu o cargo de Oficial Imediato do N.R.P.
presentes os Comandantes e Directores de vá- “JACINTO CANDIDO”.
rias Unidades e Organismos sediados no Alfei- Entre 1987 e 1989 comandou os NRP “ALABARDA” e “BOMBARDA”, ten-
te, representantes do Governo Civil de Setúbal do cumprido duas comissões no arquipélago dos Açores.
Após frequência dos cursos “NATO SEASPARROW SURFACE MISSILE SYS-
e das Câmaras Municipais de Almada e Seixal, TEM – L/T, OPERATION & MAINTENANCE” na Fleet Combat Training Cen-
bem como outras entidades civis e militares. ter, Dam Neck, e “HARPOON WEAPON SYSTEM OPERATION & MAINTE-
Após ter sido lido o louvor concedido ao CMG Tavares de Almeida, no qual NANCE” na McDonell Douglas, St Louis, entre 1989 e 1993 desempenhou funções no Gabinete
de Estudos da DGMN como Chefe da Secção de sistemas de Mísseis, da Divisão de Superfície
foi realçado o trabalho desenvolvido na melhoria de instalações bem como os
e Aéreos, frequentando durante esse período o CGNG.
excelentes resultados na sua gestão, usaram da palavra o Comandante cessan- De 1993 a 1996 desempenhou o cargo de Representante Nacional no “NATO SEASPARROW
te e o CMG Mateus Ferreira, que agradeceu a confiança nele depositada para PROJECT OFFICE”, em Washington, DC, EUA.
o desempenho deste Comando. Após cerca de dois anos e meio como Imediato da Unidade de Apoio ao CINCIBERLANT,
foi colocado na DN onde desempenhou as funções de Chefe da Div. de Sist. de Armas, tendo de-
O VALM Alexandre da Fonseca encerrou a cerimónia com uma alocução
sempenhado também funções de “Steering Committee Member” de Portugal no NSC (“NATO
na qual referiu a importância da Base Naval, realçando a acção desenvolvida SEASPARROW CONSORTIUM”), “Single Point of Contact” (SPOC) para o JEC-HARPOON e
pelo Cte Tavares de Almeida, que certamente irá ser continuada pelo novo Chefe da Equipa de Projecto para a Integração das Novas FFGs.
Comandante. Desempenhou o cargo de 2º Comandante da BNL de NOV03 a SET04.
Da sua folha de serviços constam vários louvores e condecorações.
Após a cerimónia foi servido um almoço nos jardins do Palácio do Alfeite.
22 NOVEMBRO 2004 U REVISTA DA ARMADA