Page 203 - Revista da Armada
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ra sabe que os seus filhos sempre puderam contar com a Marinha,
nas boas e más horas. A Marinha sabe bem que terá sempre na Fi-
gueira um porto de abrigo”. De seguida, dirigiu-se aos “Militares,
Militarizados e Civis da Marinha”, fazendo um brevíssimo balanço
da actividade do último ano, com especial relevo para as missões
operacionais, de apoio a autoridades civis, de carácter científico e
técnico e outras de serviço público que permanentemente envol-
vem pessoal embarcado ou em terra. Os novos meios navais em
construção não podiam deixar de merecer a sua atenção, realçan-
do a forma como está a ser feita a renovação da esquadra, mas sa-
lientando como “Muito trabalho há, no entanto, ainda pela frente”:
é urgente a substituição das Fragatas da classe “Comandante João
Belo”, a que se seguirá o reabastecedor de esquadra e a moderni-
zação das Fragatas da classe “Vasco da Gama”. “A Marinha tem
consciência de que aquilo que pede ao Estado não é uma despesa.
É um investimento em segurança – concluiu o CEMA. Como não
podia deixar de ser, o Almirante Vidal Abreu abordou ainda a forma
como está a ser encarada a formação de pessoal, permitindo-me
salientar o que disse acerca das recente reforma da Escola Naval,
encarada na perspectiva das alterações da Educação Superior de-
correntes da aplicação do Processo de Bolonha, e da consequen-
te integração num mundo profissional extremamente competitivo,
onde se exige o melhor dos profissionais que servem a Armada. As
suas últimas palavras destinavam-se, directamente, ao Ministro da
Defesa: “Tudo o que acaba de ser dito é revelador de uma Marinha
viva, composta por homens e mulheres [...] que acreditam num fu-
turo melhor para a Marinha e para si próprios. [...] É uma Marinha
que se sabe transformar. É uma Marinha que tem esperança. [...]
Está motivada, e quer continuar a gostar do que faz.”.
Terminada a alocução do Almirante Chefe do Estado-Maior da
Armada, procedeu-se à homenagem aos militares, militarizados e
civis da Marinha, já falecidos, a que se seguiu a imposição de con-
decorações militares. Cerca das 13h00 a cerimónia militar encerra-
va com o desfile das Forças em Parada, em continência ao Ministro
da Defesa Nacional.
As diversas entidades convidadas e os numerosos civis figueirenses
que acorreram à Praça da Europa para homenagear a Marinha tiveram
ainda ocasião de assistir a uma pequena demonstração de activida-
des que envolveu acções aquáticas levadas a cabo por elementos do
Destacamento de Acções Especiais, um tatoo de botes da Unidade de
Meios de Desembarque do Corpo de Fuzileiros, e uma espectacular
demonstração de evoluções e manobras com helicópteros Lynx.
A Figueira da Foz e as suas gentes tiveram, no entanto, oportuni-
dade de continuar o estreito contacto com a Marinha Portuguesa
que esta comemoração proporcionou: a Exposição de Actividades
da Marinha (inaugurada a 19 de Maio no CAE) esteve aberta até ao
dia 29 de Maio, e vários navios estiveram atracados no porto até ao
dia 22 de Maio (Domingo), data em que saíram a barra, compondo
um pequeno desfile naval aplaudido com saudade e entusiasmo pela
população da Figueira.
Bem hajam os figueirenses!
Z
J. Semedo de Matos
CFR FZ
Fotos 1SAR FZ Silva
REVISTA DA ARMADA U JUNHO 2005 21