Page 226 - Revista da Armada
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Sala de Situação da Autoridade Marítima


                                                                      Proliferation Se
                                                                       Proliferation Se



                                                                       - INICIATIVA DE SEGURANÇA

                                                                                       EXERCÍCIO “NINFA


                                                            omo já mencionado no primeiro dos três artigos dedicados a este exer-
                     Vista geral do cais de Alcântara       cício*, a sua realização correspondeu a um aumento da sua complexi-
                                                       Cdade relativamente aos exercícios de interdição marítima anteriormente
                                                       efectuados, nomeadamente no que se refere à sua fase final, que agora se jogou
                                                       pela primeira vez. Esta terceira fase, que decorreu nos dias 13 e 14 de Abril p.p.,
                                                       correspondeu à apreensão do material ilícito encontrado, no âmbito do desen-
                                                       volvimento de actividades de soberania e de jurisdição por parte da Autoridade
                                                       Marítima nos espaços marítimos nacionais, tendo as funções de OCE (Officer
                                                       Conducting the Exercise) sido desempenhadas pelo VALM  Luís Medeiros Alves,
                                                       Director–Geral da Autoridade Marítima (DGAM) e Comandante-Geral da Polí-
                                                       cia Marítima (CGPM).
                                                         Após a Fase II - fase de mar e de interdição marítima - da responsabilidade do
                                                       Comando Naval (CN), em que uma TG (Task Group) dedicada efectuou a detec-
                                                       ção, intercepção, vistoria e diversão do navio suspeito para o porto de Lisboa,
                                                       teve início a Fase III - fase de actividades no mar territorial e nos espaços portuá-
                                                       rios - com a intervenção dos órgãos locais da DGAM e do CGPM, designada-
                                                       mente das Capitanias dos Portos de Lisboa e Cascais e dos Comandos Locais da
                Centro Móvel de Comando e Controlo
                                                       Polícia Marítima de Lisboa e Cascais, em estreita colaboração com outras enti-
                                                       dades e organismos nacionais.
                                                         Aquando do handover do CN para a DGAM/CGPM, procedeu-se à activação
                                                       do Centro de Situação da Autoridade Marítima, sediado na Capitania do Porto
                                                       de Lisboa, onde foi exercido o comando e controlo desta terceira fase do exer-
                                                       cício, através da coordenação do Capitão do Porto de Lisboa e Comandante Lo-
                                                       cal da Polícia Marítima, com a colaboração e intervenção de todas as entidades
                                                       envolvidas no processo de
                                                       tomada de decisão.
                                                         O embarque dos agen-
                                                       tes da PM a bordo do navio
                                                       suspeito verificou-se apenas
                                                       no fundeadouro de Cascais
                                   Observadores        já que, por razões de segu-
                                                       rança devido ao estado do
                                                       mar, não foi possível fazê-lo
                                                       à entrada do navio no Mar
                                                       Territorial, como previsto.
                                                       Ainda no fundeadouro de
                                                       Cascais, e para procederem
                                                       à inspecção da documen-
                                                       tação e avaliação do risco,
                                                       embarcaram diversas equi-
                                                       pas de inspecção pertencen-
                                                       tes a entidades e organismos
                                                       nacionais com responsabili-
                 Desembarque do contentor suspeito     dades específicas em razão
                                                       da matéria – Serviço de Es-
                                                       trangeiros e Fronteiras (SEF),
                                                       Direcção-Geral das Alfânde-
                                                       gas e dos Impostos Especiais
                                                       sobre o Consumo (DGAIEC),   Cais avançado de Alcântara – Dispositivo operacional da Fase III.
                                                       Instituto Nacional de Enge-
                                                       nharia e Tecnologia Industrial (INETI) e Direcção-Geral de Saúde – Sanidade
                                                       Internacional (DGE-SI).
                                                         Tendo-se verificado que o navio suspeito reunia as condições de segurança sufi-
                                                       cientes para entrar no porto de Lisboa, este seguiu para o cais avançado de Alcân-
                                                       tara, onde estava instalado um dispositivo adequado à situação, com a delimitação
                                                       de zonas de segurança (vermelho, laranja e verde) fiscalizadas por agentes da PM,
                                                       e que era constituído por um Centro Móvel de Comando e Controlo (DGAM), duas
                                                       estações de descontaminação (uma do Exército e outra da Força Aérea), um pos-
                                                       to médico avançado (INEM) e uma tenda de apoio geral (C.C. Fuzileiros). Todo o

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