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Equipa de descontaminação
curity Initiative
curity Initiative
CONTRA A PROLIFERAÇÃO -
2005” – FASE III
pessoal directamente interveniente encontrava-se devidamente equipado para um
cenário deste tipo. De salientar que, no âmbito das disposições aplicáveis em caso
de suspeitas na área da segurança (security), devido ao facto de se encontrar em
vigor o Código ISPS, a entrada do navio motivou a subida do nível de segurança
da instalação portuária onde o navio atracou – do 1 para o 2. Inspecção externa do contentor
Depois de o navio ter atracado, iniciaram-se as actividades no terminal, as quais
foram sendo relatadas por speakers que foram descrevendo as várias acções que
se iam desenrolando. Assim, após uma vistoria geral ao navio, efectuou-se o de-
sembarque do contentor suspeito de incluir material dual-use. Depois de se ter
verificado a não existência de contaminação no seu exterior (equipa da Flotilha/
Esquadrilha de Escoltas Oceânicos), procedeu-se a uma inspecção endoscópica
(INETI) e à sua abertura (DGAIEC). Foram recolhidas amostras (INETI), seguindo-
-se a descontaminação das equipas a actuar no terreno. Por fim, o equipamento
contaminado e as amostras e o material apreendido foram contentorizados para
serem transportados e posteriormente armazenados.
Esta última fase do NINFA 2005 foi acompanhada de perto por muitos obser- Inspecção ao material suspeito
vadores internacionais de mais de trinta países de todo o mundo e por diver-
sos órgãos de comunicação social (OCS), quer nacionais, quer estrangeiros, os
quais assistiram previamente a um briefing onde lhes foram explicadas não só
as actividades que iriam decorrer no cais mas também dadas a conhecer as que
haviam sido realizadas a bordo no fundeadouro de Cascais pelas várias equipas
anteriormente mencionadas. Neste briefing, o Director-Geral da Autoridade Ma-
rítima e Comandante-Geral da Polícia Marítima, nas suas palavras de abertura
e boas-vindas, teve oportunidade de se referir à importância deste evento, aos
aspectos mais relevantes da
PSI no contexto internacio-
nal e ao firme empenho de
Portugal, e neste caso parti-
cular da via marítima atra- Descontaminação de pessoal
vés da Autoridade Marítima
Nacional, em se constituir
como um parceiro activo e
eficaz no combate à proli-
feração de armas de efeito
de massa.
Em conclusão, o exercício
NINFA 2005, ao envolver
representantes de diversas
tutelas ministeriais – Ne-
gócios Estrangeiros, Defesa
Nacional, Finanças, Justiça,
Saúde, Administração In-
terna, Ciência, Transportes Descontaminação de pessoal
– para além do Serviço de
Informações de Segurança
e do Serviço de Informações
Estratégicas de Defesa, per-
mitiu exercitar a coordena-
ção e interoperabilidade en-
tre as diversas entidades e
organismos envolvidos, designadamente nesta Fase III, assim como proporcionou
uma excelente oportunidade para testar o funcionamento do Sistema da Autori-
dade Marítima (SAM) e estabelecer relações com os OCS e entidades externas,
tendo em vista contribuir para o objectivo global da contenção da proliferação
de armas de destruição maciça por via marítima.
* Revista da Armada de Maio e Junho de 2005 (1º e 2º artigos)
Z
(Colaboração da DGAM/CGPM)
6 JULHO 2005
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