Page 121 - Revista da Armada
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Um dos objectivos desta integração é a tendo promulgado legislação enquadrante Os navios da Marinha estão totalmente
sua redundância, para fazer face aos sinis- da aplicação das regras GMDSS aos navios equipados com tecnologia GMDSS, per-
tros, independentemente da área em que e embarcações nacionais, fixando as infra- mitindo-lhes assim, não só fazer uso dessa
operam, sempre no sentido da celeridade estruturas apropriadas ao sistema. facilidade, como receber alertas difundidos
no salvamento. A responsabilidade de acompanhamento por outros navios ou embarcações com ne-
O quadro seguinte integra os diversos da edificação do GMDSS-PO a bordo e em cessidade de assistência no mar.
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tipos de comunicações explorados pelo terra foi incumbida a uma comissão interde-
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GMDSS: partamental (COM/SFSSMM) , na qual estão CONCLUSÃO
Comunicações da faixa de VHF, em DSC ou fonia designadamente O GMDSS revolucionou as comunica-
em: ções de busca e salvamento marítimo, quer
156.525 MHz (canal 70) - DSC, alertas de socorro e chamadas pela automatização que introduziu, quer
Comunicações a
curta distância de segurança; pela capacidade de transmissão das men-
156.800 MHz (canal 16) - Fonia, alerta e tráfego de socorro e
segurança incluindo coordenação de busca e salvamento e sagens de alerta e socorro por mais do que
comunicações no local da acção. um meio, o que potencia a capacidade de
recepção de forma mais célere por um cen-
Comunicações da faixa de MF, em DSC, NBDP ou fonia
Radiocomunicações designadamente em: tro de busca e salvamento, permitindo ocor-
de Terra 2187.5 kHz - DSC, alertas de socorro e chamadas de segurança; rer rápida e prontamente ao sinistro, sempre
Comunicações a 2182 kHz - Fonia, alerta e tráfego de socorro incluindo com o objectivo de aumentar a confiança
média distância coordenação de busca e salvamento e comunicações no local da dos que andam no mar e de diminuir o nú-
acção;
2174.5 kHz - NBDP, tráfego de socorro e segurança; mero de casos complexos, para que navegar
518 kHz - NAVTEX. seja uma forma segura de viver.
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Usadas para as comunicações de alerta de socorro, chamadas
Comunicações a de segurança e tráfego de socorro e segurança, utilizando DSC e A. Costa Cabral
longa distância
NBDP ou fonia, em HF nas faixas dos 4,6,8,12 e 16 MHz CTEN
INMARSAT Transmissão de alertas de socorro e outras comunicações (fonia, Referências:
(International telex, dados e fax) usando satélites geostacionários que funcionam - Admiralty List of Radio Signals, Volume 5,
Maritime na banda do 1.5-1.6 GHz. 2004/2005.
Satellite Para aplicação ao GMDSS esta organização tem disponíveis dois - CTEN Fonseca Ribeiro, 1TEN Fialho de Jesus,
Radiocomunicações Organization) segmentos distintos 1TEN Costa Cabral, “GMDSS”, Anais do Clube Mi-
Espaciais litar Naval, Vol. CXXVIII, Julho-Setembro 1998, p.p.
Sistema de satélites de busca e salvamento, utilizando satélites 511-548.
COSPAS a baixa altitude, com uma órbita próxima da polar, destinados
SARSAT à localização de transmissões de socorro em 121.5 MHz e 406 Notas
MHz, e ainda, apenas no subsistema SARSAT, em 243.0 MHz. 1 Decreto nº 40/92, de 02 de Outubro.
2 Decreto-Lei nº 174/94, de 25 de Junho.
3 GMDSS-Portugal
O GMDSS EM PORTUGAL representados os diversos organismos com 4 Despacho Conjunto dos Secretários de Estado da
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responsabilidades nesta área, sendo que Marinha Mercante e das Comunicações de 12-7-84 e
Portugal adoptou as emendas à Conven- continua a desenvolver os trabalhos neces- dos Ministros da Defesa Nacional, do Equipamento
ção Internacional para a Salvaguarda da sários à conclusão do projecto. Social e do Mar de 23-1-85.
5 Instituto de Comunicações de Portugal (Preside);
Vida Humana no Mar, 1974, Relativas às A nível nacional, a parte de bordo encon- Ministério da Defesa Nacional – Direcção-Geral de In-
Radiocomunicações para o Sistema Mun- tra-se finalizada, aguardando-se a edifica- fra-estruturas; Estado-Maior da Armada; Instituto Portuá-
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dial de Socorro e de Segurança Marítima , ção da componente terrestre. rio e dos Transportes Marítimos; Portugal Telecom.
Exposição do Museu de Marinha no Luxemburgo
Exposição do Museu de Marinha no Luxemburgo
oi inaugurada no pas- Esta iniciativa só foi possí-
sado dia 14FEV na Me- vel pelo interesse manifesta-
Fdiateca da Sucursal da do pela CULTURGEST na sua
Caixa Geral de Depósitos concretização, assumindo as
(CGD) no Luxemburgo uma despesas com o transporte e
exposição do Museu de Ma- seguro de seis modelos de na-
rinha sob o tema “Museu de vios do século XV e XVI, das
Marinha um Mundo de Des- réplicas dos instrumentos náu-
cobertas”. ticos e respectivas vitrinas.
Estiveram presentes o Em- Esteve também presente na
baixador de Portugal, Dr. Rui inauguração o CMG Teixeira
Felix Alves, a Cônsul-Geral, Alves, representante português
Drª. Cristina Almeida, e a Di- na NAMSA e cuja colabora-
rectora da Sucursal da CGD ção foi fundamental em toda
Drª. Teresa Faria de Carvalho a fase de preparação desta ex-
O Director do Museu de posição.
Marinha proferiu uma curta A exposição esteve patente
palestra sobre o tema das Descobertas a que ção pelo Director do Museu e no final aque- ao público até 9MAR e estuda-se já para 2008
se seguiu uma visita à exposição. les alunos tiveram a oportunidade de experi- a possibilidade de ali expor uma mostra de em-
No dia 15 visitaram a exposição vários mentar alguns dos instrumentos náuticos ali barcações tradicionais portuguesas.
grupos escolares Portugueses a quem foi expostos, através da Mala Pedagógica que Z
também feita uma apresentação da exposi- acompanhou a mostra. (Colaboração do Museu de Marinha)
REVISTA DA ARMADA U ABRIL 2007 11