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HOMENAGEM AO ALMIRANTE PEREIRA CRESPO
POR OCASIÃO DO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO
NO ESTORIL
Fotos: 1SAR FZ Pereira
Realizou-se no passado dia 26 de Ju- seu Presidente, Dr. Carlos Carrei- nificado da homenagem a que se seguiu
lho, no Estoril, a cerimónia de home- ras e dos vereadores da Educação o descerramento de uma placa alusiva à
nagem ao Vice-Almirante Manuel e Cultura, Dra. Ana Justino, e da efeméride.
Pereira Crespo por ocasião do centenário Acção Social e Saúde, Dra. Mariana
do seu nascimento. A cerimónia teve lugar Ferreira. Os toque de silêncio, homenagem aos
na Rua com o seu nome e onde se encontra mortos e alvorada foram executados pela
edificado um monumento com o seu busto. No decurso desta singela homenagem, Fanfarra da Marinha.
começou por usar da palavra o Almirante
O acto foi presidido pelo Chefe do Esta- Fuzeta da Ponte que proferiu uma breve
do-Maior da Armada, Almirante Saldanha alocução evocativa do Vice-Almirante Ma-
Lopes, notando-se a presença de muitos nuel Pereira Crespo.
oficiais da Marinha e de representantes do
município de Cascais nomeadamente do De seguida, falou o Almirante Chefe
do Estado-Maior da Armada sobre o sig-
NA ACADEMIA DE MARINHA
SESSÃO SOLENE
No passado dia 26 de Julho a Acade- distintos. No primeiro, após os embarques
mia de Marinha promoveu uma Seguiram-se intervenções dos académi- habituais em oficial subalterno, o tenente
sessão solene de homenagem ao cos Leiria Pinto, Serra Brandão e Ferreira da Pereira Crespo prestou serviço em navios
Almirante Manuel Pereira Crespo, presi- Silva. hidrográficos nos Açores, Cabo Verde, An-
dida pelo Chefe do Estado-Maior da Arma- gola tendo sido louvado pela competência téc-
da, Almirante Saldanha Lopes. O CALM Leiria Pinto falou sobre a bio- nica, excepcional dedicação ao serviço e elevadas
grafia do homenageado que decorreu de qualidades de lealdade e camaradagem. A sólida
Abriu o evento o Presidente da Acade- 1930, data do seu ingresso na Escola Naval experiência adquirida justificou a sua nome-
mia, Almirante Vieira Matias que afirmou até 1968, ano em que foi nomeado Minis- ação, em Dezembro de 1947, para Chefe de
ser intenção homenagear um Homem, um Ma- tro da Marinha. Considerou que estes 38 Missão Geohidrográfica da Guiné. Iniciou
rinheiro, que dedicou a sua vida e empenhou toda anos podem ser divididos em três períodos então o segundo período da sua carreira
a sua inteligência e saber no desenvolvimento con- militar que durou uma década, espaço de
tínuo e transversal das actividades do domínio do tempo em que chefiou nove campanhas
mar português destacando a sua especial atenção hidrográficas (1947/1957), tendo no seu úl-
e respeito ao Homem do Mar, qualquer que fosse timo relatório declarado que toda a geodesia
o tipo de actividade a que se dedicasse. Referiu-- do território tinha ficado concluída assim como os
-se igualmente à dívida de gratidão para quem levantamentos hidrográficos das principais áreas
dedicou especialmente atenção à área cultural da navegáveis. Afirmou o CALM Leiria Pinto,
Marinha, já que por iniciativa do Almirante por experiência própria já que tinha coman-
tinha sido criado o Centro de Estudos de dado um Destacamento de Fuzileiros Espe-
História Marítima que mais tarde daria ori- ciais na Guiné, que as cartas geohidrográficas
gem à Academia de Marinha. A finalizar, então produzidas, de extremo rigor, foram fun-
anunciou a abertura da exposição “Navios damentais para a operacionalidade da Marinha,
do seu tempo”, constituída por imagens de contribuindo para a navegação segura das suas
parte dos navios que entraram ao serviço da unidades navais na vastíssima e complexa rede de
Armada e da Marinha de Comércio no perí- rios e canais e dos seus fuzileiros que em operações
odo em que o Almirante Pereira Crespo foi conheciam a sua posição exacta no terreno, o que
Ministro da Marinha.
16 SETEMBRO/OUTUBRO 2011 • REVISTA DA ARMADA