Page 25 - Revista da Armada

de 30 horas em cinco dias como uma
versão com a mesma duração mas em
12 dias através de uma aprendizagem
“b-learning”, a partir da internet ou da
intranet, doseada pelo formando a partir
duma plataforma «Moodle», através de
uma senha e do “nome do utilizador”,
permitindo o diálogo com o Formador.
Na área da Guerra Electrónica (GE)
visitámos a sala onde se encontra o
Simulador de GE dispondo de duas
Antenas passivas (receptoras) e ainda de
uma Antena activa (Transmissora) a que
permite “empastelar” parte do espectro
analisado.
Este Simulador é objecto de estudo
pelo DOP, no que respeita ao Curso
de Operadores de GE mas também
acessível aos Cursos de Manutenção de
Equipamentos da responsabilidade do
DAE.
O Departamento de Limitação de
Avarias (DLA), outro Departamento da
ETNA, fisicamente afastado por razões
tão explicáveis quão visíveis são os rolos
de fumo que se levantam das chamas
que, para se aprender a dominá-las, se
ateiam no amplo Parque de Incêndio.
Nele se inclui a Unidade Vulcano
que simula um navio (ou um espaço
confinado) onde pessoal da Armada,
dos Bombeiros e até de empresas
particulares vem treinar; “o Chuveiro de
ataque apontado à base… atenção que
não vá ocorrer uma reignição… avança
abaixado…”.
Esta prática é sempre suportada por
uma experimentada teoria e, no conjunto,
em U, dos edifícios do Departamento
assistimos a uma aula, onde oficiais,
sargentos e praças seguiam a instrução
dum Sargento MQ (Maquinista).
Estudavam-se as precauções a
tomar pela Brigada de Incêndio (quatro
elementos devidamente equipados)
antes, durante e depois de se entrar num
compartimento a arder; sempre um par,
numa sequência alternada, agachados
para melhor se protegerem e apontarem
o chuveiro das mangueiras, depois o
terceiro (o Team Leader que é o Chefe
da Equipa), dentre eles e que sob a sua
protecção, ordena que se abra a porta
devagar e só uma frincha (“uma golfada
de ar pode agravar a combustão!”) até
estabilizar a combustão e… e… e…
progridem então; o 1.º, o 2.º e depois
o 3.º … “Todos com Equipamento de
Respiração Autónomo!”.
Do outro lado do U, num depósito,
pudemos ver fatos, botas, capacetes
e equipamentos aguardando, junto à
lavandaria que os recuperara, novos
utentes. Mais adiante a Unidade Nereu,
onde se treina, há décadas, o controlo de
todo o tipo de inundações originadas
por roturas e rombos no casco ou em
tanques.
Na base do U, o edifício da sede
administrativa do Departamento com
os seus gabinetes, secretarias e outras
burocracias, como aliás ocorre com todos
Outra corveta «Paciência» do DLA, negra de
tanto fogo ateado... e apagado!
Dividindo por dois e multiplicando por,por,por..... da intervenção, contribuindo assim,
quantos milhares terão já passado pela
Unidade Nereu?
Daqui se controla o estado do/a traumatizado/a.
Na Sala de Operações, a Equipa Médica, sur-
preendida, envolve-se numa abordagem rigorosa.
os Departamentos, a própria ETNA
e afinal qualquer outra instituição.
Asseguram, aliás, o funcionamento do
todo na sua habitual e sempre injusta
sombra mas cuja importância, embora
num lampejo, não queremos deixar de
frisar.
25REVISTA DA ARMADA • SETEMBRO/OUTUBRO 2011
Num plano fisicamente mais abaixo, o
já mencionado Parque de Incêndios, um
muro danificado numa simulação está
a ser reconstituído e uma panóplia de
possíveis acidentes desafia a capacidade
dos instruendos, com maior ou menor
amplitude, para a mais eficiente, melhor
dizer eficaz, gestão, particular ou geral,
o DLA, para a Certificação Europeia
garantida em Portugal a formandos do
exterior.
Neste Parque com, ao fundo, a
Vila d’ELA, especialmente erguida
para simular, com o maior realismo
possível, situações extremas de caos
urbano originado por causas naturais,
são amplamente treinadas vários tipos
de possíveis acidentes em desumanas
circunstâncias, sempre muito complexas
em caso de desastre.
Exercícios especiais, os «Distex»,
foram criados para a Força que os
navios desembarcam para acudir às
populações em situações extremas, como,
infelizmente, tem acontecido nos Açores
(os violentos sismos), na Madeira (as
recentes enxurradas) ou no Continente
(as sazonais cheias), muitas vezes com
o precioso concurso dos Marinheiros
Fuzileiros e dos Mergulhadores, como
tem acontecido. Nada é descurado, nem
a acção policial …
Na Vila, a Unidade de Busca e
Salvamento onde, no seu interior,
existem “edifícios” que têm o aspecto
de edifícios colapsados de diversas
maneiras e onde se pode induzir um
ambiente visual (optou-se pela escuridão
total) e sonoro (gritos de pânico, choro
de crianças, etc.), que perturbe a equipa
na condução da sua acção de socorro a
vítimas soterradas sob escombros, nas
mais dramáticas situações, pessoais e
conjunturais.
No Centro de Simulação Médica
da Marinha, único nas FA’s, duma
sala donde é cientificamente possível
alterar o comportamento fisiológico
dum manequim tão “humano” quanto
praticável (fala, grita… reage… e até
pode “ser” de um ou outro sexo), pode-se
avaliar, sem se ser observado da Sala de
Operações, o rigor das intervenções; da
sequência e dos actos (desde a drenagem
de um hemotórax ou pneumotórax até
à reanimação de vítimas em paragem
cardio-respiratórias) da Equipa de
Socorristas perante as simulações
programadas (ritmos cardíacos…) ou,
eventualmente, agravadas.
Numa sala contígua, identicamente
“isolada”, outras equipas poderão seguir
a Equipa Médica em acção com o mesmo
grau de informação da especializada
Equipa Avaliadora.
Desta mesma sala de aula, mas
por outra parede de vidro, pode ser,