Page 8 - Revista da Armada
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Comemorações do 94º Aniversário do Armistício,
do 89º Aniversário da Liga dos Combatentes
e 38º Aniversário do Fim da Guerra do Ultramar
Em 11 de novembro, a Liga dos Com- Por último, seguiu-se o desfile das forças
batentes, com o apoio do Estado-Maior em parada, constituídas por uma Guarda de
General das Forças Armadas, orga- Honra, formada por uma companhia a três
nizou as comemorações acima menciona- pelotões, um de cada Ramo, com Estandarte
das no Forte do Bom Sucesso em frente ao Nacional e Banda com requinta. As cerimó-
Monumento aos Mortos do Ultramar. As nias terminaram com uma visita ao Forte do
cerimónias foram presididas pelo Chefe do Bom Sucesso e às exposições nele patentes e
Estado-Maior General das Forças Armadas, com a assinatura do Livro de Honra da Liga
General FA Esteves Araújo e contaram com pelos Chefes dos Ramos.
a presença do Secretário de Estado Adjunto
e da Defesa Nacional, Dr. Braga Lino em re- O discurso do Presidente da Direção Cen-
presentação do Ministro da Defesa Nacional. tral da Liga dos Combatentes após os agrade-
cimentos pela presença de tão ilustres convi-
O programa iniciou-se com as alocuções dados, dirigiu-se à memória dos que caíram
alusivas ao ato pelo Presidente da Direção pelo seu amor à Pátria, evocando os feitos do
Central da Liga dos Combatentes – General soldado português do séc. XX e XXI, que cons-
Chito Rodrigues, pela entidade convidada tituem um exemplo para aqueles que hoje ser-
para orador, o Diretor Nacional da Polícia de vem Portugal nas Forças Armadas e Forças de
Segurança Pública - Superintendente Valente Segurança. O Presidente da Liga referiu que
Gomes, com o tema “Participação da Polícia “Forças de Segurança que hoje vamos home-
de Segurança Pública nas Operações de Ma- nagear ao convidar o Diretor Nacional da PSP
nutenção da Ordem e da Segurança Pública no ex-Ultramar Portu- para proferir uma alocução sobre a participação dessa Polícia nas Ope-
guês e nas Operações de Paz” e pela Alta Entidade que presidiu às rações de Manutenção da Ordem e da Segurança no ex-Ultramar Por-
cerimónias – o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas. tuguês e atualmente nas Operações de Paz nos vários territórios onde
Seguiu-se a imposição de condecorações a elementos que prestam tem atuado, para além de descerrarmos uma placa com o nome dos seus
serviço na Liga e nos seus Núcleos e o descerramento duma placa de mortos caídos na guerra do Ultramar em ações de combate no apoio
homenagem a combatentes das Forças de Segurança que morreram às Forças Armadas e de inaugurarmos no Museu do Combatente um
em Angola em 1961. espaço museológico dedicado à PSP, que se juntará aos já existentes, da
Marinha, do Exército, da Força Aérea e da GNR.”
Seguiu-se a Homenagem aos Mortos pela Pátria com a deposição
de flores pelas entidades oficiais e associações de combatentes com
os toques de silêncio e alvorada e finalizando com o Hino da Liga.
Colaboração da LIGA DOS COMBATENTES
Celebração pelos militares falecidos – Mosteiro dos Jerónimos
“Eu estive lá, novamente”
Provavelmente, muitos ques- A presença de altas individuali-
tionam a celebração de uma dades do Estado, em particular as
Missa de Fiéis Defuntos, mas relativas às Forças Armadas e de Se-
só estando no ambiente desta cele- gurança, confere ao momento a im-
bração poderemos entender que, portância que é dada a esta forma tão
independentemente das nossas particular de garantir a memória dos
mais íntimas crenças, é uma forma que já não privam connosco e desta
muito adequada e digna de home- forma podermos valorizar o caminho
nagearmos aqueles e aquelas que dos que estão vivos.
ao serviço das Forças Armadas e
de Segurança, e naturalmente do Este ano a responsabilidade da
País, partiram. animação litúrgica foi do Exército
e a presença do manto azul ferrete
Desde algum tempo a esta data foi, uma vez mais bastante alargado,
que tenho participado e assistido à tradicional Missa dos Fiéis quer porAlmirantes, Oficiais, Sargentos, Praças, Militarizados e Civis.
Defuntos, que este ano teve lugar no dia 6 de novembro, na Igreja A comunhão e a partilha são uma constante neste tipo de ceri-
Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos. mónias que em particular tem o momento mais expressivo quan-
do na Igreja são entoados os toques de homenagem aos mortos.
Senti o dever de partilhar com os leitores da Revista da Armada, No final tenho a certeza que a exemplo de muitos saí mais com-
de uma forma mais pessoal, o ambiente que se faz sentir e viver num pleto e com um sentir de dever cumprido para com aqueles que
momento e espaço tão próprios da nossa cultura castrense e católica. deixaram de caminhar fisicamente ao nosso lado…
Estar perante Deus a homenagear os que ao serviço do país
e das Forças Armadas, em particular, partiram é um momento
importante de respeito e de garantir que o caminho terreno não J. Coutinho de Lucena
ficou esquecido.
8 DEZEMBRO 2012 • Revista da Armada CFR