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REVISTA DA ARMADA | 522


          NRP JACINTO CÂNDIDO


          MISSÃO NA ZONA MARÍTIMA DOS AÇORES



                                                                                                                 Foto: NRP Jacinto Cândido






























             NRP Jacinto Cândido terminou no passado dia 29 de junho   No contexto do apoio às populações ribeirinhas e ao Serviço
         O   mais uma missão na Região Autónoma dos Açores, com uma   Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores em situações
          duração de 3 meses, tendo sido rendido pelo NRP António Enes.  de catástrofe, calamidade ou acidente, o NRP Jacinto Cândido
           A missão teve como objetivo prioritário contribuir, integrando   participou em treinos operacionais conjuntos, por forma a incre-
          o  dispositivo  de  busca  e  salvamento  marítimo,  para  o  incre-  mentar as suas  capacidades  e valências,  sendo  exemplo  disso
          mento da segurança de todos aqueles que praticam o mar dos   o exercício FOCA 172, realizado em conjunto com o Regimento
          Açores,  seja  por  motivos  profissionais  ou  de  lazer.  Paralela-  N.º1 do Exército Português e a Autoridade Marítima, que teve
          mente, a corveta Jacinto Cândido assegurou a fiscalização dos   como principal objetivo o treino de embarque, instalação, proje-
          espaços marítimos do arquipélago dos Açores, tendo em vista o   ção e desembarque de forças terrestres em meio naval, de forma
          exercício da soberania e jurisdição do Estado no mar, e ainda a   a preparar as forças militares para possíveis projeções entre as
          presença junto das diversas comunidades das ilhas que consti-  ilhas do arquipélago dos Açores.
          tuem o arquipélago.                                  Enquadrado no conceito de presença naval junto das diversas
           No que concerne à capacidade para prestar assistência a pes-  comunidades  das  ilhas  que  constituem  o  arquipélago, o  navio
          soas  e embarcações que  dela  necessitem,  a  Jacinto Cândido   efetuou  segurança  da  área  marítima  na  deslocação  do  Presi-
          esteve empenhada em cinco ações de Busca e Salvamento no   dente da República às Ilhas do Corvo, Faial e Terceira, bem como
          mar, realçando-se o apoio médico e logístico prestado ao navio   representou ativamente a Marinha Portuguesa nas cerimónias
          mercante Tamar, na sequência de uma explosão no espaço de   de celebração do dia 25 de abril, do Dia da Marinha e do Senhor
          máquinas,  a 250 milhas  náuticas a oeste da ilha  das Flores, e   Santo Cristo em Ponta Delgada, do Dia do Combatente na Gra-
          nas operações de busca e salvamento dos tripulantes do veleiro   ciosa e do Dia de Portugal, Camões e Comunidades Portuguesas
          Destiny of Scarborough, que sofreu um rombo no casco e que se   na Terceira.
          encontrava com entrada de água em compartimentos críticos, a   Ainda no âmbito da presença junto das comunidades, o navio
          350 milhas náuticas a nordeste da ilha de São Miguel.  abriu  a  visitas  nas  ilhas  de  São  Miguel,  Terceira,  Faial  e  Santa
           O navio exerceu vinte e seis ações de fiscalização a embarca-  Maria, recebendo a bordo um total 430 pessoas, as quais tiveram
          ções de pesca nacionais e comunitárias, nas áreas de reserva dos   a oportunidade de conhecer as equipas existentes a bordo e as
          Grupos Central e Oriental e na Zona Limite da ZEE do Arquipélago   missões e capacidades do navio para atuar no espaço marítimo
          dos Açores, tendo detetado três embarcações de pesca em situa-  sob jurisdição nacional.
          ção de presumível infração.                          Comandado pelo CTEN Pousadas Godinho, o NRP Jacinto Cân-
           Igualmente no âmbito da missão de Busca e Salvamento marí-  dido e a sua guarnição de 78 militares, incluindo uma equipa de
          timo o NRP Jacinto Cândido, em colaboração com o Centro de   segurança  constituída  por  militares  fuzileiros  pertencentes  ao
          Comunicações dos Açores, testou a área de cobertura da estação   pelotão de abordagem, dois mergulhadores e um oficial médico
          costeira do sistema Digital Selective Calling (DSC), sub-sistema do   naval, terminaram a missão à Zona Marítima dos Açores no dia 29
          Global Maritime Distress and Safety System (GMDSS), localizada   de junho, tendo completado 2304 horas de missão, 846 horas de
          no Morro Alto na Ilha das Flores, num raio de aproximadamente   navegação e percorrido 9874 milhas náuticas no mar dos Açores.
          100 quilómetros do grupo ocidental, com o intuito de garantir                                       
          uma cobertura rádio eficaz por esta estação costeira.           Colaboração do COMANDO DO NRP JACINTO CÂNDIDO


                                                                                           SETEMBRO/OUTUBRO 2017  15
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