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REVISTA DA ARMADA | 525
LUSITANO 17
ecorreu entre 26 e 28 de outubro de 2017 o exercício anual Em virtude da incapacidade de garanƟ r a segurança interna, o
Dconjunto LUSITANO 2017 (LUS17), que contou com a parƟ ci- Governo deste país fi cơ cio solicitou apoio às organizações inter-
pação dos três Ramos das Forças Armadas, mobilizando cerca de nacionais, tendo Portugal decidido proceder à reƟ rada dos res-
mil militares, tendo a edição deste ano decorrido no Arquipélago peƟ vos cidadãos nacionais residentes no país.
dos Açores. O exercício LUSITANO foi dividido e estruturado em quatro fases
Este exercício contou com a parƟ cipação da Força Naval Portu- disƟ ntas, mas que se complementaram entre si, designadamente:
guesa , como componente naval da Força de Reação Imediata (FRI), Fase I – Planeamento; Fase II – Projeção; Fase III – Evacuação; Fase IV
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comandada pelo CMG Pessoa Arroteia, com-
posta pelo reabastecedor de esquadra Bérrio
(navio-chefe), pela fragata Corte-Real, pelo patru-
lha oceânico Figueira da Foz, por uma Força de
Fuzileiros e por uma equipa de mergulhadores
do Destacamento de Mergulhadores Sapadores,
num total de 395 militares.
Este exercício militar é da responsabilidade
do Chefe do Estado-Maior-General das Forças
Armadas (CEMGFA), tendo como fi nalidade
exercitar o Comando e Controlo (C2) das Forças
Armadas no planeamento e execução de ope-
rações simultâneas, dentro e fora do território
nacional, nomeadamente, em Operações de
Evacuação de Não Combatentes , em Opera-
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ções de Resposta a Crises e em Operações de Apoio à Proteção – Retração. A fase de planeamento decorreu entre 18 de setembro
Civil, envolvendo, de forma integrada e convergente, todos os e 6 de outubro, em Lisboa, no InsƟ tuto Universitário Militar, e em
níveis de planeamento e condução de operações. Oeiras, no Comando Conjunto para as Operações Militares (CCOM).
Por sua vez, a fase de projeção das forças realizou-se entre os dias
CENÁRIO E ESTRUTURA DO EXERCÍCIO 20 e 24 de outubro, período que coincidiu com o trânsito de Lis-
boa à Praia da Vitória (ilha Terceira) da Força Naval Portuguesa. Em
De modo a recriar situações realistas e complexas, e ainda seguida, após a realização do tradicional DisƟ nguished Visitors Day
proporcionar o necessário enquadramento das várias ações, foi (DVD), decorreu a fase de evacuação, testando a plena capacidade
criado um cenário simulado, o qual consisƟ u na existência de um operacional e cerƟ fi cação das forças envolvidas, culminando com a
país fi cơ cio, que tomava a forma de um arquipélago no AtlânƟ co retração da força, de 29 de outubro a 1 de novembro.
Norte, e que atravessava graves problemas económicos e sociais,
onde imperavam as redes de crime organizado, tráfi co de droga OPERAÇÕES NAVAIS DA FRI
e de seres humanos, para além de ter sido aƟ ngido por um sismo
de magnitude elevada, que veio agravar bastante a situação eco- Inserido neste contexto, a componente naval da FRI teve como
nómica e humanitária na região. principais tarefas a prestação de assistência humanitária à popu-
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