Page 16 - Revista da Armada
P. 16

REVISTA DA ARMADA | 544







              ACADEMIA DE MARINHA




                APRESENTAÇÃO DOS LIVROS:




              “A MARINHA PORTUGUESA NA GRANDE GUERRA (1916-1918):
              O AFUNDAMENTO DO CAÇA-MINAS ROBERTO IVENS”



                m 2 de julho foi apresentado no                                     na idenƟ fi cação e prospeção geoİ sica
              EAuditório da Academia de Marinha o                                   do caça-minas  Roberto Ivens,  durante
              livro “A Marinha Portuguesa na Grande                                 o envolvimento de Portugal na Grande
              Guerra (1916-1918): O Afundamento do                                  Guerra (1916-1918).  O Dr. Paulo Costa
              Caça-Minas Roberto Ivens”,  tendo sido                                lembrou que o destroço do caça-minas
              oradores os autores da obra, Académico                                Roberto Ivens  é há muito conhecido da
              Carlos Manuel Baptista Valentim e Dr.                                 comunidade piscatória, tendo sido “visi-
              Paulo Costa, com as comunicações “Por-                                tado primeiro por pescadores e mais
              tugal na Grande Guerra. O afundamento                                 tarde por mergulhadores, as interroga-
              do caça-minas Roberto Ivens” e “O des-                                ções quanto à idenƟ dade do destroço só
              troço do caça-minas Roberto Ivens”: Dos                               surgiram após os relatos orais daqueles
              primeiros mergulhos à prospeção geo-                                  que o puderam observar”.  A  fi nalizar,  o
              física”, respetivamente. Para terminar,                               Professor Vieira de Castro salientou que
              o Académico Luís Filipe Monteiro Viera                                “Portugal tem um longo e importante
              de Castro usou da palavra para nos falar                              passado ligado ao mar e a costa portu-
              sobre  “a arqueologia subaquática em                                  guesa é um registo precioso desse pas-
              Portugal”.                                                            sado”, estando ainda por descobrir, quer
               Para o Comandante BapƟ sta  ValenƟ m                                 em terra quer no mar, imensos vesơ gios
              esta publicação resulta de uma campa-                                 da aƟ vidade maríƟ ma.
              nha de arqueologia subaquáƟ ca centrada


              “ÁFRICA – DE PARAÍSO FASCINANTE A INFERNO INESPERADO”

              MEMÓRIAS DE UM MILICIANO (RESERVA NAVAL)


                m 3 de julho  decorreu, no Auditório                                mental em que é retratado, de forma muito
              Eda Academia de Marinha, uma sessão                                   direta e objeƟ va, fragmentos de uma expe-
              de apresentação e lançamento do Livro                                 riência real na luta pela vida e no compro-
              “África – de paraíso fascinante a inferno                             misso pela saúde pública. Pelo meio des-
              inesperado”, Memórias de um Miliciano                                 cobrem-se os afetos e os objetos preciosos
              (Reserva Naval), da autoria do Professor                              com maior valor senƟ mental que fazem
              Doutor José Manuel MarƟ ns Ferreira Coe-                              companhia nos momentos de distância da
              lho, tendo sido coapresentado pelo Almi-                              família, dos amigos e das raízes.
              rante Alexandre da Fonseca e pelo Profes-                              Também as inúmeras fotografi as  que
              sor António de Sousa Lara.                                            ilustram esta obra permitem “ler para lá
               Trata-se de um testemunho autobiográ-                                das palavras escritas, compreender atra-
              fi co do Professor Ferreira Coelho que relata                          vés do tempo que já passou”.
              momentos da sua experiência como ofi cial                               O livro não retrata apenas cenários fas-
              miliciano da Reserva Naval, nas úlƟ mas                               cinantes, mas também um inferno inespe-
              décadas do império português. O autor não                             rado. “A vida de um médico passa forço-
              se limitou a escrever apenas como ofi cial                             samente por aí. A vida de um militar em
              da Marinha, mas também como médico,                                   campanha também passa”.
              condição que forma a sua estrutura essen-
              cial de pessoa na sociedade. Assim, o relato                                                  Santos Maia
              assume uma segunda dimensão funda-                                                                  SAJ


              16   SETEMBRO/OUTUBRO 2019
   11   12   13   14   15   16   17   18   19   20   21