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REVISTA DA ARMADA | 556






































              DESTACAMENTOS DE MERGULHADORES

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              SAPADORES N   1 E N  2

              47 ANOS AO SERVIÇO DE PORTUGAL



              O Destacamento de Mergulhadores Sapadores N.º 1 (DMS1) e o Destacamento de Mergulhadores Sapadores N.º 2 (DMS2), nos mol-
              des em que existem atualmente, representam o legado das anƟ gas Unidades de Mergulhadores Sapadores (UMS), nomeadamente, a
              Secção N.º 1 de Mergulhadores Sapadores (criada a 09 de novembro de 1966) e a Secção N.º 2 de Mergulhadores Sapadores (criada a
              09 de outubro de 1968). Estas Secções viriam a ser elevadas ao escalão de Destacamentos, em 1 de setembro de 1973.



              NASCIMENTO, DEFINHAMENTO,                           inaƟ vação de minas, nos rios e locais de desembarque. Com o
              RENASCIMENTO                                        fi nal da guerra os Comandos Operacionais no Ultramar foram
                                                                  exƟ ntos, fi cando os dois DMS sem pessoal atribuído.
                 s Mergulhadores, enquanto especialistas em Mergulho e Explo-  Os DMS viriam a ser reaƟ vados, como resposta à necessidade
              Osivos, têm a sua génese na promulgação pelo Rei D. Carlos,   da Marinha dispor de unidades dedicadas ao mergulho militar,
              em 1881, do Regulamento da Escola e Serviço de Torpedos. Este   em tudo semelhantes às anƟ gas Secções e Destacamentos de
              Diploma, que viria a tornar-se a primeira referência legal às aƟ vida-  Mergulhadores Sapadores. Assim, o DMS1 é reaƟ vado em 1 de
              des de mergulhadores da Armada, desde logo estabeleceu “o ensino   julho de 1988 e o DMS2 em 1 de janeiro de 1995.
              de explosivos, escorvas e espoletas, estudo das explosões, ataque e   Em fi nais da década de noventa, cada DMS especializa-se numa
              defesa das linhas de torpedos”, assim como o ensino do “emprego   área disƟ nta: ao DMS1 são atribuídas as operações especiais
              de apparelhos de mergulhador”, na extra-especialização dos Mari-  (sabotagem submarina e reconhecimento avançado de costa) e
              nheiros-Torpedeiros da Armada, a prestar serviço na Companhia de   as operações de inaƟ vação de engenhos explosivos – Explosive
              Torpedeiros da Comissão de defesa de Lisboa.        Ordnance Disposal (EOD); e ao DMS2 fi cam atribuídas as opera-
               Na década de 60 do séc. XX, os Mergulhadores Sapadores seriam   ções de Salvação MaríƟ ma e Salvaguarda da vida humana no mar
              envolvidos no esforço da guerra que então tem início nos territó-  (Search and Rescue – SAR).
              rios ultramarinos. Várias Equipas, Secções e Destacamentos, são
              então atribuídos aos Comandos Navais de Angola (1962-1974) e
              Moçambique (1969-1974), e ao Comando de Defesa MaríƟ ma da   PERCURSO HISTÓRICO DO DMS1
              Guiné (1967-1974). No seu rol de trabalhos mais habituais cons-  No contexto das suas missões, a Marinha é atualmente res-
              tam:  inspeções às obras-vivas dos navios para deteção de enge-  ponsável por garanƟ r: a liberdade de acesso aos portos e a
              nhos explosivos; recuperação de material de guerra; refl utuação   proteção das principais rotas de acesso ao território nacional,
              de lanchas de desembarque afundadas em combate; demolições   através da realização de operações especiais e encobertas; e
              com explosivos; e apoio às operações de Fuzileiros no âmbito da   a capacidade de realizar operações anİ bias. Neste senƟ do,


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