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REVISTA DA ARMADA | 562
DIRETOR DA COMISSÃO CULTURAL DE MARINHA
Na Casa da Balança, em Lisboa, tomou posse como Diretor da Comissão Cul-
tural de Marinha (CCM), a 2 de março de 2021, o CALM Garcia Belo, sucedendo
no cargo ao CALM Ramos Borges.
A cerimónia, presidida pelo CEMA/AMN, ALM Mendes Calado, iniciou-se com
a condecoração do CALM Valente dos Santos, ex-Diretor da CCM (outubro de
2018 - dezembro de 2020). De seguida, e após a leitura da Ordem de Serviço
com a nomeação, o empossado fez uma alocução, na qual salientou a impor-
tância da preservação da Herança Cultural, assegurando a ligação do passado
com o presente e garantindo “que as gerações futuras continuam a ter acesso
a essa memória, mas também aos saberes e valores do nosso quotidiano.”
Citando um pensamento de Fernando Pessoa – Cultura não é ler muito, nem
saber muito; é conhecer muito –, o novo Diretor da CCM terminou o seu dis-
curso dirigindo-se à sua guarnição: “Se a CCM e órgãos dependentes consegui-
rem disponibilizar e partilhar esse muito conhecimento, atingiremos o nosso
objetivo comum. Conto convosco… para levar a bom termo esta nova missão
que me é confiada.”.
Antes da finalização da cerimónia, usou da palavra o Almirante CEMA; diri-
gindo-se ao CALM Valente dos Santos, agradeceu-lhe o empenho e dedicação,
nomeadamente no que respeita à modernização dos órgãos culturais da Mari-
nha, atingindo novos públicos, e na procura de fontes de financiamento alter-
nativo. Agradeceu também ao CALM Ramos Borges a disponibilidade em diri-
gir a CCM, em acumulação com as funções de Diretor da Revista da Armada.
Ao novo diretor da CCM, o Almirante CEMA traçou as prioridades para a sua
comissão, com destaque para: a continuidade do programa de modernização
dos equipamentos culturais; o reforço da cooperação com parceiros nacionais
e internacionais; a prossecução da abertura da Marinha à sociedade e aos
cidadãos e a preparação do futuro no contexto pós-pandemia.
O Almirante CEMA fez ainda saber que pretende criar um Conselho Superior
da Marinha para a Cultura, “constituído por personalidades civis ou militares
de reconhecido mérito, para me aconselhar e apoiar”, com o objetivo de defi-
nir “iniciativas inovadoras que fortaleçam o papel cultural do ramo, melhorem
os laços com a comunidade cultural nacional e contribuam para incrementar
a abertura à sociedade”.
Fotos SAJ ETC Silva Parracho
O CALM EMQ José Luís Garcia Belo, natural de Lisboa, foi admitido na Escola tas a chefe dos Departamentos de Manutenção e de Construções, passando ainda
Naval em 1975, onde concluiu o curso de Engenheiro Maquinista Naval, iniciando por responsável por programas de modernização da esquadra; já como CALM, foi o
então a sua carreira de 14 anos no mar. Diretor da DN, cargo esse que acumulou com o de chairman do NATO Naval Arma-
Foi adjunto, chefe do Serviço de Máquinas e chefe do Departamento de Propulsão ments Group. a partir de dezembro de 2013
e Energia em draga-minas, navios hidrográficos, navios balizadores e fragatas. Acom- Foi Presidente do Conselho de Administração do Estaleiro Arsenal do Alfeite, SA
panhou a construção e as provas de mar da fragata Vasco da Gama; como elemento de março de 2018 a junho de 2020.
da sua 1ª guarnição, foi sucessivamente chefe de Serviço e chefe de Departamento. A nível académico, tem uma pós-graduação em Engenharia de Manutenção (ISQ)
Na Escola Naval foi professor de Máquinas Marítimas. Na Direção de Navios (DN) e o Mestrado em Transportes no Instituto Superior Técnico.
desempenhou várias funções, em períodos distintos, desde coordenador das fraga-
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