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Exercício Naval “INSTREX 12”
AMarinha realizou entre 14 e 23 de mar-
ço o exercício “INSTREX 12” (ITX12) navais envolvidas, foram realizadas séries de nomo de Proteção a Navios (AVPD9) embar-
composto por uma fase de treino no treino de embarque e desembarque da força cado no NRP Bérrio. Este destacamento, para
porto, que decorreu entre os dias 14 e 16, e anfíbia, séries de navegação tática no simula- efeitos de exercício simulou estar embarcado
por uma fase de treino no mar, realizada na dor de navegação (SIMNAV) do Centro Inte- num navio mercante, e teve como tarefa pri-
costa Oeste de Portugal Continental, entre 18 grado de Treino e Avaliação Naval (CITAN) e mordial a sua segurança, impedindo e dissua-
e 23. No período de 12 a 16 de Março decor- Escola Naval (EN) e treino de reabastecimento dindo os ataques de piratas ao respetivo navio.
reram operações de reconhecimento ambien- no mar (RAS7), que contou com as facilidades No âmbito da validação de emprego de
tal expeditas (rapid environment assessment) do Departamento de Formação Geral (DFG) armas e sensores foi efetuada, no dia 20 de
conduzidas pelo Instituto Hidro- da Escola de Tecnologias Navais (ETNA). Março, uma série de disparo de torpedos pe-
gráfico e executadas pela lancha Na fase de mar, o programa seriado permi- los NRP Vasco da Gama e NRP
hidrográfica NRP Auriga. tiu abranger um leque alargado de perícias, Bartolomeu Dias, com a colabo-
contemplando séries de luta de superfície, de ração do submarino Arpão e do
O ITX12 é um exercício para defesa aérea e com especial enfoque na luta
preparação das forças atribuídas antissubmarina, rentabilizando a presença NRP D. Carlos I.
ao Comando Naval e decorreu dos dois submarinos. Foram também realiza- No último dia (23 de março),
de forma seriada. Este exercício dos vários reabastecimentos no mar, séries de foi executada uma série de multia-
teve como finalidade exercitar as embarque e desembarque da componente an- meaça especialmente vocaciona-
capacidades da força naval portu- fíbia da força (LF8), séries de proteção de força da para a conclusão do plano de
guesa e estado-maior embarcado e uma série de operações contra a pirataria, treino básico (PTB) da fragata NRP
em operações navais, com ênfase esta com o objetivo de dar treino às unidades Álvares Cabral, que integrando-se
na condução de operações de se- navais para as missões de combate à pirataria na força naval, assumiu o coman-
gurança marítima (MSO1). O seu e o empenhamento dum Destacamento Autó- do táctico e conduziu as acções
objetivo geral foi proporcionar de defesa às ameaças submarinas,
treino às unidades participantes de superfície e aéreas, materia-
por forma a manter e melhorar os lizadas pelos submarinos, pelasFoto 1SAR C Bolinhas
padrões de prontidão operacio- lanchas rápidas e pelos caças F16
nal estabelecidos, habilitando-as da Força Aérea.
para o cumprimento das missões Em apoio e em complemento
específicas e sua integração em aos programas de ensino e for-
forças navais mação da Marinha, decorreram,
em simultâneo, a viagem de ins-
Na sua edição deste ano, pro- trução dos cadetes do 4º ano da
vou ser, mais uma vez, uma ex- Escola Naval, vocacionada para
celente oportunidade de treino as operações navais, o embarque
e validação de capacidades em dos oficias dos Cursos de Aperfei-
ambiente marítimo para todas as çoamento em Tática e Operações
unidades participantes. A missão Navais, que são parte do programa
foi cumprida com sucesso, tendo de especialização de oficiais em
o desempenho conjunto de todos operações, a participação dos As-
sido pautado pelos valores funda- pirantes do 5.º ano da Escola Na-
mentais do profissionalismo e da val, em estágio de embarque nas
segurança. diversas unidades de superfície e
a conclusão do Curso de Aperfei-
Conduzido peloVALM Montei- çoamento em Equipa de Convés
ro Montenegro (CTF 443), Coman- de Voo (qualificação de uma ECV
dante Naval, embarcado a bordo do NRP Vasco da Gama).
do NRP Vasco da Gama entre 22 No dia 22 de março, realizou-se
e 23 de Março, o exercício contou um conjunto de séries cuja com-
com a participação de dez2 navios plexidade e sequência tiveram por
de superfície, dois submarinos3 objetivos, por um lado, aprofun-
(um português e um espanhol), dar o desenvolvimento das perí-
dois tipos diferentes de aeronaves cias marinheiras e operacionais
da Força Aérea Portuguesa (P3C- dos navios e da força, e por outro,
-CUP+ e F16 MLU), uma equipa demonstrar as capacidades da Marinha à Co-
de mergulhadores (CDT4), militares do Desta- missão de Defesa Nacional da Assembleia da
camento de Ações Especiais (SOF5), uma ro- República (CDNAR), e complementarmen-
busta força de Desembarque (LF6) composta te, ao Curso de Auditores de Defesa Nacional,
por cerca de 200 militares do Corpo de Fuzi- do Instituto de Defesa Nacional (IDN) e aos
leiros, a rede de comando e controlo do Co- oficiais do Curso de Estado-Maior Conjunto,
mando Naval, onde se inserem o Centro de do Instituto de Estudos Superiores Militares
Operações Marítimas (COMAR) e o Centro de (IESM), estes embarcados respetivamente na
Comunicações de Dados e de Cifra da Mari- fragata NRP Bartolomeu Dias e no reabaste-
nha (CCDM), e também o comando e estado- cedor NRP Bérrio.
-maior do grupo de tarefa naval, envolvendo Assim, com a presença a bordo do NRP
um total de cerca de 1200 militares. Vasco da Gama do Chefe do Estado-Maior da
Armada (CEMA), Almirante Saldanha Lopes
Na fase de treino no porto, além das séries
táticas que decorreram a bordo das unidades
10 MAIO 2012 • REVISTA DA ARMADA