Dos 140 fuzileiros presentes, num total de 146 militares, um é açoriano – o segundo Marinheiro João Paulo Teves, de 22 anos, natural de Urzelina, freguesia da Ilha de São Jorge, que visita todos os anos. Na terra que o viu nascer, frequentou o Futebol Clube Urzelinense e, na vila vizinha, o Futebol Clube da Calheta.
Para si, “ser açoriano é partir, mas nunca por completo”. Diz: “metade fica para trás e a outra metade levamos connosco. Levo comigo água salgada, basalto negro e o verde dos pastos”.
Ingressou na Marinha com apenas 18 anos, com o sonho de “uma aventura de servir Portugal numa força especial”. O facto de viver nos Açores rodeado de mar ajudou na opção e ir para a Marinha foi “a decisão final”.
Na Ilha das Flores, pôde servir gentes do seu arquipélago. Nesta ilha açoriana levou a cabo uma missão que o marcou bastante, a de apoiar a população civil após a passagem do furacão Lorenzo, em 2019.
Num ano em que se celebram os 400 anos da origem dos atuais Fuzileiros, o militar, que participa na sua primeira missão internacional, apresenta-se expectante com a oportunidade de “fazer exercícios com forças de outros países, representar os portugueses, a Marinha e os fuzileiros portugueses”.
Para ele, ser fuzileiro é “ser responsável, ágil, resistente e respeitador” do símbolo de fuzileiro e da Bandeira Portuguesa. Numa palavra, é ser “Família”.
Diariamente João Teves tem em mente “lutar sempre pelos objetivos e que ilha se orgulhe dele.” Como mensagem deixa “Nunca te esqueças de onde vens e quem és. Sê forte e sê corajoso, sê açoriano!”, conclui o militar da Marinha.
A Força de Fuzileiros na Lituânia é comandada pelo capitão-tenente Mejburg Viola e é composta por 140 fuzileiros e 6 mergulhadores.
