Os principais objetivos do exercício incidiram no treino dos militares do Centro de Coordenação Busca e Salvamento Marítimo, do Instituto Hidrográfico (IH), do NRP Setúbal e também do Centro de Coordenação de Busca e Salvamento das Lajes e da aeronave C-295, estas duas últimas unidades pertencentes à Força Aérea Portuguesa. Em especial, na coordenação de incidentes marítimos, na validação de modelos de deriva e a definição das áreas de busca, bem como os procedimentos no mar em situações de emergência e ainda na coordenação e comunicação com a European Maritime Safety Agency (EMSA), que colaborou no exercício através da cedência de imagens satélite das áreas de busca definidas.
A balsa salva-vidas foi colocada no mar pelo NRP Setúbal, ficando à deriva no mar durante mais de 27 horas, marcada com um geo-localizador marítimo cedido pelo Instituto Hidrográfico, permitindo comparar o movimento real no mar, com as previsões dos modelos de deriva em uso.
A utilização de imagens obtidas por satélite nas operações correntes de busca e salvamento marítimo, representam um enorme avanço tecnológico e trazem mais-valias ao Serviço de Busca e Salvamento Marítimo, permitindo a investigação de vastas áreas do oceano, de forma célere e reduzindo o tempo de localização das pessoas em perigo no mar, o que permite direcionar eficazmente os meios para aprestar auxílio. Esta realidade aplica-se em particular à Região de Busca e Salvamento de Santa Maria, área de responsabilidade do MRCC Delgada, que é a maior da Europa e a segunda maior do Atlântico Norte, com uma área equivalente a 56 vezes o território nacional.
Os objetivos de treino foram alcançados, tendo a balsa salva-vidas sido detetada pelo NRP Setúbal e pela aeronave C-295 da Força Aérea Portuguesa no mar e pela EMSA, através das imagens satélite fornecidas.

