Para esta missão, realizada ao longo de todo o mês de setembro, o navio contou com uma guarnição de 46 militares, à qual acresce quatro inspetores, sendo dois inspetores de pescas da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), um inspetor de pesca da entidade homóloga da Estónia e um coordenador da Agência Europeia de Controlo de Pescas (EFCA).
Ao longo dos anos, a Marinha Portuguesa tem empenhado meios navais para o desenvolvimento da atividade de monitorização da pesca na área NAFO, com inspetores comunitários e da DGRM, garantindo os compromissos assumidos por Portugal, naquela área do globo.
A participação dos navios da Marinha Portuguesa nesta parceria contribui para a proteção do ecossistema marinho e, consequentemente para a salvaguarda de um desenvolvimento económico sustentável. Desta forma, a Marinha contribui para a redução do impacto ambiental negativo que a pesca abusiva acarreta, numa região que hoje se constitui como importante fonte de alimento mundial – o fundo do mar dos Grandes Bancos da Terra Nova.
O navio realizou uma paragem logística em St. John's, um porto cuja história é indissociável das
campanhas da frota portuguesa de pesca à linha do bacalhau no mar da Terra Nova e na Gronelândia. Foi, até ao início dos anos 70, abrigo para milhares de pescadores portugueses, e paragem obrigatória para o reabastecimento de isco fresco, mantimentos, água e combustível. A visita a St. John's revestiu-se de significado especial, pela carga emocional e relevância histórica da ligação desta terra longínqua a Portugal.
A missão foi concluída com a consciência de que a Marinha, através do NRP Viana do Castelo, patrulhou e apoiou a fiscalização nos Grandes Bancos da Terra Nova, dando também um contributo positivo e determinante para reforçar os laços existentes entre Newfoundland and Labrador e Portugal, assim como, manter viva a memória dos pescadores da “Portuguese White Fleet", cuja existência constitui parte significativa da nossa história.

